Hoje é dia 12.12.2012, data prevista em
alguns círculos para o fim do mundo. Na Bíblia, onde os números têm significados
que diferem do aritmético e oferece, um alcance que não tem qualquer relação com
a quantidade que representam, que interpretações são dadas ao 12?
«O 12 é o número da universalidade.
Por isso é que no Evangelho de S. Lucas, no capítulo 10, se diz que havia não
apenas 12 discípulos mas mais» [72], explicou o biblista Joaquim Carreira das
Neves ao Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.
O número 12 atravessa toda a Bíblia, estando especialmente presente nos dois livros do apocalipse: Daniel, no Antigo Testamento, e Apocalipse, o último livro da Escritura, acrescentou o antigo professor da Faculdade de Teologia da Universidade Católica.
«Antigamente havia filosofias e
religiões em civilizações como o Egito, Mesopotâmia e Maias baseadas em números,
entre os quais o 1, 4, 7, que simboliza a perfeição, 6, a imperfeição, e o
12».
Ao contrário das previsões que
apontam para o fim do mundo, o 12 bíblico é um número «positivo», realçou.
De acordo com especialistas, a
proeminência do 12 tem origem no sistema sexagesimal sumério, sobrevivendo ainda
hoje na «dúzia».
Embora o número de 12 tribos de
Israel, no Antigo Testamento, não seja consensual - o padre Carreira das Neves
sustenta que havia 10 - parece provável que Jesus escolheu 12 apóstolos para
preservar o simbolismo original.
Segundo o relato dos Atos dos
Apóstolos, após a morte de Judas os 11 apóstolos julgaram necessário escolher
alguém que o substituísse, de modo a manter o número 12. A eleição coube a
Matias.
Rui Jorge Martins
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