domingo, 31 de julho de 2011

E aí " amizade "!!!

A Amizade

Imagine escolher uma frase, entre as milhares que já foram escritas, para definir a mais celebrada relação que existe na face da Terra. Uma frasezinha apenas, um único conjunto de palavras que possa abarcar e transmitir o que é a amizade. Dos pára-choques de caminhão aos filósofos gregos, dos ditados populares a Shakespeare, selecionei uma delas, muito singela, que é capaz de dar a exata dimensão desse tipo de amor. Ela foi escrita por um autor norteamericano de ficção científica, Ray Bradbury. Disse nosso amigo Ray que a amizade é uma casa com uma luzinha na varanda. Bonito, não? Num único flash, ele consegue passar a sensação de aconchego, calor, carinho e alegria que pode estar presente na amizade. Isto é, por mais escura que a noite possa nos parecer, a luminosidade acolhedora desse sentimento vai estar sempre aguardando nossa chegada. Ao abrigo dos amigos, podemos tirar a fantasia, a máscara e a armadura e largar paus e pedras e nos mostrar vulneráveis, frágeis, cheios de defeitos. E perceber que, ainda assim, somos aceitos. Existe bem tão precioso quanto esse num mundo tão agressivo e pontudo como o de hoje?

A amizade é o relacionamento que tem mais a cara do nosso tempo. Ou talvez, mais ainda, do futuro. Livre, aberta, democrática, ela nos convida ao exercício da tolerância, da aceitação do outro exatamente como ele é. Além disso, nos faz provar um pouquinho do gosto do amor incondicional, aquele que não perde tempo em cobranças ou exigências. Ela é tão especial que, hoje, uma boa centena de pensadores, sociólogos, psicólogos e antropólogos se dedica inteiramente ao seu estudo.

Refúgio
Há uma boa razão para isso. A amizade tem uma dimensão muito maior agora do que, digamos, 50 anos atrás. Refúgio
Naquela época, boa parte do tempo livre das pessoas era ocupada pela família, com seus aniversários, casamentos, festas de Natal e intermináveis almoços de domingo. Hoje, a família numerosa fragmentou-se. Pais, mães e irmãos estão em crise com seus próprios papéis. Além disso, os relacionamentos amorosos, outra fonte de grande interesse, já não duram tanto tempo como antigamente. O afeto dos amigos tornou-se, então, um refúgio. ¿Nascemos num mundo seguro, previsível, rígido, formal, e agora vivemos em outro, incerto, instável e, ao mesmo tempo, cheio de possibilidades de mudanças¿, afirma Jorge Forbes, psicanalista e consultor de empresas de São Paulo que escolheu a amizade nos dias de hoje como um dos seus temas preferidos.

Outro motivo para a alta crescente da amizade: a vida anda muito dura. A sociedade estimula o individualismo, a competitividade, a agressividade e a intolerância com a diferença. Exatamente por isso, aumenta a cada dia a sede das pessoas por valores mais humanos, como amor, confiança, respeito, tolerância e solidariedade, qualidades presentes em abundância nas relações entre amigos. Se não temos mais a família consangüínea para nos abastecer de compreensão e carinho, se a relação entre casais é cada dia mais instável, quem senão os amigos para fazer esse papel?

E mais um fator aumenta a importância desse sentimento: ¿Os vínculos de amizade tornaram-se um campo de experimentação da sociedade, um laboratório onde ela gesta os relacionamentos do futuro¿, diz Jorge Forbes. Isto é, a abertura, a aceitação e a flexibilidade que caracterizam as relações entre amigos serão cada vez mais comuns no trabalho, na família e na sociedade, afirma ele. Pais mais amigos, maridos e esposas mais amigos, chefes mais amigos. Um belo futuro. Tomara que ele tenha razão.



< Liane Alves > escritora



Além da Caminhada



Basta o sol Aparecer

Basta o sol aparecer no fim de semana e as pessoas se animam a sair de casa para ficar um pouco mais perto da natureza. Em geral vão ao parque caminhar, correr, pedalar, empurrar o carrinho do bebê ou o triciclo. Mas será que não há algo além disso que você possa fazer no parque? Em alguns deles sim. “O parque tem vocação para ser um espaço para atividades múltiplas e isso deve ser explorado”, afirma Roberto Lima Ferraz Rosa, que há dois anos dirige o Parque Villa-Lobos, na capital paulista. Ali mesmo o visitante pode ter a experiência de sentar em uma das dez espreguiçadeiras de madeira e se deixar levar pelas composições de Heitor Villa-Lobos que saem de 15 potentes caixas de som no Espaço Ouvillas. Já imaginou tomar sol ouvindo as Bachianas? Ou fazer um passeio de olhos fechados no Jardim Sensorial do Jardim Botânico do Rio de Janeiro para identificar plantas através do olfato? Ah, também é possível fazer meditação no Ibirapuera ou ioga no Parque da Aclimação (SP). Existem boas opções. Para encontrá-las, acesse o site dos parques da sua cidade.

Rio Grande do Sul,é vasto em parques,e jardins.Os verdes estão em toda parte,confira:
nas cidades locais.E saia a pedalar,caminhar,andar...fazer o caminho...

Antes de morrer,quero...


Antes de morrer, eu quero...
Imagens que mostram o que se passa na cabeça das pessoas
edição Marcia Bindo



“Ser feliz.” “Viajar pelo espaço sideral.” “Ter dois filhos.” “Encontrar o amor verdadeiro.” “Abraçar um urso panda.” Depois de ouvir a resposta de centenas de pessoas sobre o que cada um gostaria de fazer antes de bater as botas, as americanas Nicole Kenney e KS Rives conseguiram um rico material sobre os desejos humanos.

“Queria fazer as pessoas pensarem sobre o que é realmente importante em suas vidas com a indagação”, diz Rives, que escolheu retratar as respostas com fotografias Polaroid logo após a “morte” desse estilo de fotografia. Depois do clique, pedia para cada entrevistado anotar na imagem a sua resposta. A dupla descobriu que há o grupo de pessoas altruístas, que desejam coisas boas para a humanidade;

os que são mais materialistas e que querem “ter sucesso” ou “ficar rico”;

e que há ainda os que buscam a espiritualidade, como “encontrar Deus” ou “ficar em paz”. Um material que traz nas entrelinhas não só os valores de certos grupos e sociedades – elas fotografaram os desejos de americanos, indianos e também de pacientes e funcionários de hospícios – mas também a relação das pessoas com sua própria mortalidade. O site é atualizado com novos retratos e em alguns anos as artistas vão entrar em contato com os participantes para ver se eles têm alcançado seu objetivo ou por que não deram passos nesse sentido. “Vou pedir para eles escreverem ao lado da foto no site – uma maneira de motivar e lembrar as pessoas a dar atenção aos seus sonhos”, diz Rives. Como respondeu uma das entrevistadas, “antes de morrer eu quero viver”. www.beforeidieiwantto.org













Bons exemplos
edição Marcia Bindo design Rita Carvalho

Os políticos que ainda não criaram ações de desenvolvimento sustentável para seus planos de governo já têm uma fonte fácil onde buscar ideias. A Plataforma de Cidades Sustentáveis é uma iniciativa que reúne na internet experiências de práticas sustentáveis já aplicadas em diversas cidades de todo o mundo – e que tiveram bons resultados, diga-se. Os pesquisadores passaram seis meses buscando em centenas de sites de prefeituras, países, ONGs, institutos e universidades para compilar as experiências bem-sucedidas. De práticas de habitação popular em uma cidade no interior da Colômbia a uma nova política de contenção de vazamento de água em Tóquio, eles procuraram referências que já deram certo no mundo todo e que poderiam ser facilmente aplicadas por aqui também. “Temos experiências de todos os portes de cidades, das pequenas às grandes metrópoles, para mostrar que existem diversas ações que podem ser adotadas em qualquer município”, afirma Maurício Broinizi, um dos coordenadores da iniciativa. www.cidadessustentaveis.org.br

1. Reykjavik, Islândia. Por causa de sua localização geológica, a cidade usa fontes termais subterrâneas para gerar eletricidade e aquecimento em 95% dos edifícios.

2. Bogotá, Colômbia. Foi criada uma rede de ciclovias que cobre a maior parte da cidade, com restrição ao uso dos carros.

3. Havana, Cuba. Com o objetivo de combater a escassez de alimentos da capital cubana, os moradores começaram o plantio de alimentos em varandas, quintais e lotes vazios da cidade.
Fotos: 1. Alex J. White 2. Themikebot_Flickr Creative Commons 3. Davethetemp




amputação,entre o canion e o tempo de nossas vidas










Amputações
< Martha Medeiros>

Estamos falando de tudo que é nosso, mas que teve que deixar de ser na marra, em troca da nossa sobrevivência emocional

Quando o filme 127 Horas estreou no cinema, resisti à tentação de assisti-lo. Achei que a cena da amputação do braço, filmada com extremo realismo, não faria bem para meu estômago. Mas agora que saiu em DVD, corri para a locadora. Em casa eu estaria livre de dar vexame.

Quando a famosa cena se iniciasse, bastaria dar um passeio até a cozinha, tomar um copo d´água, conferir as mensagens no celular, e então voltar para a frente da TV quando a desgraceira estivesse consumada. Foi o que fiz.

O corte, o tão famigerado corte, no entanto, faz parte da solução, não do problema. São cinco minutos de racionalidade, bravura e dor extremas, mas é também um ato de libertação, a verdadeira parte feliz do filme, ainda que tenhamos dificuldade de aceitar que a felicidade pode ser dolorosa. É muito improvável que o que aconteceu com o Aron Ralston da vida real (interpretado no filme por James Franco) aconteça conosco também, e daquele jeito.

Mas, metaforicamente, alguns homens e mulheres conhecem a experiência de ficar com um pedaço de si aprisionado, imóvel, apodrecendo, impedindo a continuidade da vida. Muitos tiveram a sua grande rocha para mover e, não conseguindo movê-la, foram obrigados a uma amputação dramática, porém necessária.

Sim, estamos falando de amores paralisantes, mas também de profissões que não deram retorno, de laços familiares que tivemos de romper, de raízes que resolvemos abandonar, cidades que deixamos. De tudo que é nosso, mas que teve que deixar de ser, na marra, em troca da nossa sobrevivência emocional. E física, também, já que insatisfação é algo que debilita.

Depois que vi o filme, passei a olhar para pessoas desconhecidas me perguntando: qual será a parte que lhes falta? Não o “Pedaço de Mim” da música do Chico Buarque, aquela do filho que já partiu, mutilação mais arrasadora que há, mas as mutilações escolhidas, o toco de braço que tiveram que deixar para trás a fim de começarem uma nova vida.

Se eu juntasse alguns transeuntes, aleatoriamente, duvido que encontrasse um que afirmasse: cheguei até aqui sem nenhuma amputação autoprovocada. Será? Talvez seja um sortudo. Mas é mais provável que tenha faltado coragem.

Às vezes o músculo está estendido, espichado, no limite: há um único nervo que nos mantém presos a algo que não nos serve mais, porém ainda nos pertence. Fazer o talho sangra. Machuca. Dói de dar vertigem, de fazer desmaiar. E dói mais ainda porque se sabe que é irreversível. A partir dali, a vida recomeçará com uma ausência.

Mas é isso ou morrer aprisionado por uma pedra que não vai se mover sozinha. O tempo não vai mudar a situação. Ninguém vai aparecer para salvá-lo. 127 horas, 2.300 horas, 6.450 horas, 22.500 horas que se transformam em anos.

Cada um tem um cânion pelo qual se sente atraído. E um cânion do qual é preciso escapar
.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Chuva


A chuva chove mansamente... como um sono
Que tranqüilize, pacifique, resserene...
A chuva chove mansamente... Que abandono!
A chuva é a música de um poema de Verlaine...
E vem-me o sonho de uma véspera solene,
Em certo paço, já sem data e já sem dono...
Véspera triste como a noite, que envenene
... Num velho paço, muito longe, em terra estranha,
Com muita névoa pelos ombros da montanha...
Paço de imensos corredores espectrais,
Onde murmurem, velhos órgãos, árias mortas,
Enquanto o vento, estrepitando pelas portas,
Revira in-fólios, cancioneiros e missais...








Dia de chuva. É para a gente rasgar cartas antigas...Folhear lentamente um livro de poemas...Não escrever nenhum... < Mario Quintana>
































Por que as pessoas entram na sua vida?


Pessoas entram na sua vida por uma “Razão”, uma “Estação” ou uma “Vida Inteira”.
Quando você percebe qual deles é, você vai saber o que fazer por cada pessoa.

Quando alguém está em sua vida por uma “Razão”… é, geralmente, para suprir uma necessidade que você demonstrou. Elas vêm para auxiliá-lo numa dificuldade, te fornecer orientação e apoio, ajudá-lo física, emocional ou espiritualmente. Elas poderão parecer como uma dádiva de Deus, e são! Elas estão lá pela razão que você precisa que eles estejam lá. Então, sem nenhuma atitude errada de sua parte, ou em uma hora inconveniente, esta pessoa vai dizer ou fazer alguma coisa para levar essa relação a um fim. Ás vezes, essas pessoas morrem. Ás vezes, eles simplesmente se vão. Ás vezes, eles agem e te forçam a tomar uma posição. O que devemos entender é que nossas necessidades foram atendidas, nossos desejos preenchidos e o trabalho delas, feito. As suas orações foram atendidas. E agora é tempo de ir.

Quando pessoas entram em nossas vidas por uma “Estação”, é porque chegou sua vez de dividir, crescer e aprender. Elas trazem para você a experiência da paz, ou fazem você rir. Elas poderão ensiná-lo algo que você nunca fez. Elas, geralmente, te dão uma quantidade enorme de prazer… Acredite! É real! Mas somente por uma “Estação”.

Relacionamentos de uma “Vida Inteira” te ensinam lições para a vida inteira: coisas que você deve construir para ter uma formação emocional sólida. Sua tarefa é aceitar a lição, amar a pessoa, e colocar o que você aprendeu em uso em todos os outros relacionamentos e áreas de sua vida. É dito que o amor é cego, mas a amizade é clarividente. Obrigado por ser parte da minha vida.

Pare aqui e simplesmente SORRIA.

“Trabalhe como se você não precisasse do dinheiro,
Ame como se você nunca tivesse sido magoado, e dance como
se ninguém estivesse te observando.”

“O maior risco da vida é não fazer NADA.”

caminho se faz ao andar...




Caminho




A atitude de aprender sempre é uma das maiores virtudes, pois nada ocorre por acaso. Tudo ocorre por uma razão e um fim, e isso nos é precioso.
Não há fracasso. Há somente resultados, que podem ser positivos ou negativos, afinal, a semeadura é livre e a colheita é obrigatória. O que a maioria chama de acaso, sorte ou azar é conseqüência do exercício de seu livre arbítrio.
Tudo começa no pensamento. Não se veste uma roupa sem antes esta ter sido pensada. Não se tem sucesso antes de ser sonhado, planejado, desejado, como o ar que se respira e colocado em prática através de atitudes condizentes com o resultado almejado.
O maior recurso de qualquer pessoa é ele próprio. Tudo está em você, começa em você ou por você, e se realiza pela sua perseverança. Até Jesus, ao curar os leprosos, disse: “A TUA fé te curou”.
A plena consciência de que todos podem brilhar está em lembrar que o sol brilha resplandecente, mas em sua ausência é a lâmpada que ilumina. Há momentos em que somos sol, em outros, lâmpada, ou seja, há momentos na vida que sobrepujamos nossa própria existência. Há outros em que, embora não tão fortes como a luz do sol, também somos relevantes como a fraca luz da lâmpada. O importante não é a intensidade da luz, mas a proposta de realizar sempre.
Para saber se estamos no caminho certo, basta uma pergunta: Para onde queremos ir? Para quem não sabe onde quer chegar, qualquer caminho serve.

espaço,espaço nosso




A porta da casa da atriz Carlota Joaquina fica aberta boa parte do dia. Esse é o código para que os vizinhos saibam que podem entrar quando desejarem, seja para conversar sobre o conserto do portão, seja para chorar as mágoas de um relacionamento que acabou ou para organizar uma festa. Há sete anos morando em uma vila em São Paulo, Carlota vive em grande comunhão com os moradores próximos. Ela os conhece muito bem e sabe que pode contar com eles a qualquer momento e para qualquer coisa - algo raro atualmente. Afinal, a individualidade tomou conta da vida das pessoas e quase ninguém sabe quem mora ali ao lado.


Como tudo na vida, porém, essa maneira de morar tem vantagens e desvantagens. Por um lado, é preciso ter sutileza e sensibilidade para não azedar os relacionamentos, aprendendo a ceder e a estabelecer limites. Por outro, a convivência com amigos tem benefícios invejáveis.

Seguir firme no tempo...




O passado é uma prisão
Entenda por que é fundamental se libertar da nostalgia para seguir em frente rumo ao melhor da vida. Avance a fita





Por que será que, por mais que a gente tente, muitas vezes é incapaz de abandonar determinadas memórias afetivas: imagens que construímos de nós mesmos, velhos amores, antigos padrões de comportamento? E parece que não adianta mesmo fugir – tais memórias são nossa bagagem, estarão sempre a nos acompanhar. Claro que tudo isso depende do uso que fazemos do nosso passado. Pois uma coisa é ter o tempo pretérito como referência – é por meio do exemplo de pessoas e ações que vieram antes de nós que procuramos não perpetuar os erros de outrora ou que nos espelhamos para construir um presente melhor. Isso é essencial em todas as culturas, do velho pajé que conta antigas proezas da tribo aos mais jovens .
Outra coisa bem diferente (e daninha) é a fixação no passado, quando remoemos aquilo que já está longe no tempo e no espaço, ou idealizamos (alguém, uma situação, um estilo de vida) a ponto de não mais conseguirmos olhar para a frente e aproveitarmos o presente – nosso tempo .O Agora !

engolir sapos...


vida às vezes age a nosso favor, às vezes,nos faz o favor de não agir, para assim nos ensinar a caminhar sem vacilar!
< Eliane Alves >


"Por que toleramos ou ficamos calados diante de algo que nos desagrada? Posso ter sido qualquer coisa, menos blasfemador." O teólogo e filósofo italiano Giordano Bruno teria pronunciado essas palavras no dia de sua execução, 17 de fevereiro de 1600, em Roma. Ele se recusou a negar suas opiniões religiosas e a teoria do astrônomo alemão Johannes Kepler de que a Terra girava em torno do Sol. Por isso, foi condenado, preso e queimado vivo. Dezesseis anos mais tarde, foi a vez de o astrônomo Galileu Galilei ser perseguido pela Igreja Católica. Depois de construir um telescópio para observar o céu, Galileu confirmou a teo ria heliocêntrica e foi parar diante do tribunal do Santo Ofício. Para escapar das acusações de heresia e da fogueira da Inquisição, negou suas descobertas. Apesar de muito longe na História, o dilema enfrentado por Giordano Bruno e Galileu se mantém atual. Mesmo sem correr o risco de acabar na fogueira, continuamos a enfrentar a questão: defender nossas posições com unhas e dentes, sem temer as consequências, ou... engolir sapo.


"Engolir sapo significa tolerar coisas ou situações desagradáveis sem responder, por incapacidade ou conveniência", diz o escritor e professor Ari Riboldi, autor do livro O Bode Expiatório (editora Age), no qual explica a origem de palavras, expressões e ditados populares com nomes de animais. Segundo ele, uma das possíveis versões sobre a gênese da expressão viria do texto bíblico. De acordo com a tradição judaico-cristã, o deus Javé enviou dez pragas sobre o faraó e o povo do Egito, pelas mãos de Moisés. A finalidade era convencer o faraó a libertar o povo hebreu, escravo no Egito, permitindo que ele partisse para a nova terra sob o comando de Moisés. O episódio das pragas faz parte dos capítulos 7º a 12º do Êxodo, livro do Antigo Testamento - a segunda praga, a infestação de rãs, é narrada no capítulo 8º. Elas tomaram conta das casas, quartos, leitos, pratos e de todos os ambientes habitados pelo faraó e pelos egípcios. Ao morrerem, ficaram aos montes infestando os locais e causando doenças. "O texto bíblico menciona rãs e não sapos, mas tratase apenas de uma versão", diz Riboldi.
Mas qual o caminho para atingir a assertividade? Como deixar para trás o comportamento passivo? Para começar, é preciso autoconhecimento. Os autores do livro Como se Tornar mais Confiante e Assertivo, Alberti e Emmons, afirmam que o treinamento para a assertividade evoluiu a partir da ideia de que as pessoas vivem melhor quando conseguem expressar o que querem e quando se sentem à vontade para dizer aos outros como gostariam de ser tratadas. "Algumas, porém, têm dificuldade para decidir o que querem da vida. Se você tem o hábito de fazer as coisas para os outros e acredita que o que deseja não é relevante, pode ser muito difícil descobrir o que realmente importa."

Também é preciso deixar de sentir culpa. Você não é culpado e sim responsável pelo que acontece em sua vida. Ninguém tem a obrigação de ler seus pensamentos se você não se posiciona. Ninguém vai adivinhar seus sentimentos enquanto você não se manifestar. Para ser assertivo é preciso, antes de mais nada, reconhecer que muitos sapos já foram engolidos. Mas talvez ajude olhar para eles de outra maneira. "Essa coisa de ver o sapo como um animal sujo, nojento, é muito do nosso país. Há lugares onde eles são adorados. Na cultura oriental, por exemplo, são tidos como portadores de boa sorte e fortuna", afirma Célio Haddad, especialista em anfíbios e professor titular do departamento de zoologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp/Rio Claro). Ele também lembra que na pele dos anfíbios existem muitas substâncias alucinógenas. "Essa é a raiz da lenda da princesa. Se você ‘beijar’ um sapo, entrar em contato com sua pele, depois de 5 minutos pode realmente ver um príncipe na sua frente."

Que tal firmar um compromisso?
Beije cada sapo que aparecer no caminho e transforme-o em um príncipe. Para cada sim dito contra a vontade, diga um não. Para cada desaforo que levar para casa, exponha suas opiniões. Assim, de sapo em sapo, você estará aprendendo a ser assertivo. Não é fácil. Mas certamente é bem menos indigesto.

chove chuva,chove sem parar...









Enfim, choveu!!!
Uma amiga do colégio,aonde lecionei, me ensinou há 10 dias atrás uma simpatia para chover.
Devo dizer que não acreditei no princípio, mas devido a poluição e tempo extremamente seco, resolvi tentar.
Caso necessite para o futuro, aí vai...
Vá para a casa de alguém conhecido e roube (ou pegue emprestado sem a pessoa saber) um santinho, vale qualquer um, e leve para sua casa.
Devolva a santinho após 1 semana. É chuva na certa.
Pelo menos desta vez foi... < risos >




FAMíLIA é PRATO DIFíCIL de PREPARAR"
(de "O Arroz de Palma", de Francisco Azevedo)


Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes.
Reunir todos é um problema, principalmente no Natal e no Ano Novo.
Pouco importa a qualidade da panela, fazer uma família exige coragem, devoção e paciência. Não é para qualquer um. Os
truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de
desistir. Preferimos o desconforto do estômago vazio. Vêm a
preguiça, a conhecida falta de imaginação sobre o que se vai comer e aquele fastio. Mas a vida, (azeitona verde no palito) sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida. Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano, quem diria? Solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante. Aquele o que surpreendeu e foi morar longe. Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente.
E você? É, você mesmo, que me lê os pensamentos e veio aqui me
fazer companhia. Como saiu no álbum de retratos? O mais prático e objetivo? A mais sentimental? A mais prestativa? O que nunca quis nada com o trabalho? Seja quem for, não fique aí reclamando do gênero e do grau comparativo. Reúna essas tantas afinidades e antipatias que fazem parte da sua vida. Não há pressa. Eu espero. Já estão aí? Todas? Ótimo. Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados. Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola. Não se envergonhe de chorar. Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza.
Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco.
Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase
sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao
paladar tornam a família muito mais colorida, interessante e
saborosa.
Atenção também com os pesos e as medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo e, pronto, é um verdadeiro desastre. Família é prato extremamente sensível. Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido. Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional. Principalmente na hora que se decide meter a colher. Saber meter a colher é verdadeira arte. Uma grande amiga minha desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na hora errada.
O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família
perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. Não existe Família à Oswaldo
Aranha; Família à Rossini; Família à Belle Meunière; Família ao
Molho Pardo, em que o sangue é fundamental para o preparo da
iguaria. Família é afinidade, é "à Moda da Casa". E cada casa
gosta de preparar a família a seu jeito.
Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também as que não têm gosto de nada, seriam assim um tipo de Família Dieta, que você suporta só para manter a linha. Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se
engolir. Enfim, receita de família não se copia, se inventa. A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia. A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel. Muita coisa se perde na lembrança. Principalmente na cabeça de um velho já meio caduco como eu. O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer. Se puder saborear, saboreie. Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro. Aproveite ao máximo. Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete.

Poderosos laços que nos afetam



Os Laços que Nos afetam


os amigos,e os amigos dos nossos amigos ,influenciam nossas vidas,mais do que pensamos...



Pessoas que nem conhecemos são fundamentais

para moldar nossas ações e emoções.

Somos influenciados,entretanto influenciamos.Cada ação,pequena,conta para moldar o que desejamos.


O " crowdfunding " evidencia uma das vantagens em sermos sociais: se sofremos influência,também influenciamos.Nossos atos motivam e inspiram outras pessoas.

No livro " O Ponto da Virada " editora sextante,o pensador Malcolm Gladwell fala do " tipping point( o ponto de virada) o momento decisivo que uma idéia,um comportamento,um produto ou uma mensagem se alastram.

Uma pessoa faz um ato positivo,influencia outra, e de repente vemos um boom de atos positivos.

Basta uma pequena ação inicial para causar uma grande perturbação.

Nas relações também,está a chave para a nossa felicidade.

A felicidade só é real quando compartilhada.Um clichê,mas no caso do ser humano,um clichê

doloroso,e felizmente real!