sábado, 30 de abril de 2011

Para Francisco e Todos nós, Martha Medeiros



Para Francisco e Todos Nós
autora: Martha Medeiros

A história é a seguinte. Ela era uma publicitária mineira de 36 anos que estava vivendo uma história de amor com todos os ingredientes que se sonha: reciprocidade, leveza, afinidades, planos, e, pra completar, um filho na barriga. Engravidara de surpresa, e festejou. O homem com quem repartia esse conto de fadas também ficou emocionado com a notícia, e passaram a curtir cada passo rumo a nova etapa. Quando ela estava com sete meses de gravidez, ele morreu de uma hora para outra.

O horror da morte súbita de um amor e o êxtase de uma nova vida chegando: foi essa contradição emocional que, quatro anos atrás, viveu Cristiana Guerra, atualmente uma conhecida blogueira especializada em moda (www.hojevouassim.com.br). Cris transitou entre o céu e o inferno. Poderia ter se entregado à vitimização, mas fez melhor: transformou sofrimento em poesia.

Francisco nasceu dois meses depois, forte, saudável e órfão. Cris não se conformou com a ausência de um dos protagonistas da história, e foi então que começou a escrever cartas para que seu bebê lesse quando tivesse idade para tal. Nessas cartas, contou sobre quem era seu pai, como ela e ele se conheceram, e os problemas e alegrias pelos quais passaram durante o pouco tempo de convívio, algo em torno de dois anos de relacionamento. Esses textos, ilustrados com fotos do casal e complementados por alguns e-mails trocados, virou um livro, Para Francisco, da Editora Arx.

Cris me entregou esse livro em mãos dias atrás, quando a conheci em Belo Horizonte. É uma mulher charmosa, firme, bem-humorada. Participamos juntas de um evento e depois voltei ao hotel, onde dei as primeiras folheadas no livro. Na manhã seguinte ele já havia sido devorado, e me senti agradecida pela oportunidade. Em tempos onde só se fala em amores fóbicos, ler o texto elegante e inteligente da Cris me fez ter uma nova perspectiva do que é tragédia. Tragédia é não lembrar com doçura.

A relação de Cris com o pai de seu filho não teve tempo para o desgaste e a falência. Tiveram alguns desencontros, mas nada que fraturasse a relação que era encantadora e sólida a seu modo. Não sei se duraria pra sempre, mas durou o suficiente pra montar a memória afetiva que estruturará a vida de um menino que conhecerá seu pai através da visão de sua mãe. Nunca havia pensando nisso: vemos nossos pais através dos olhos de nossas mães – estando eles vivos ou não.

A narrativa dessa vida-e-morte simultâneas é contada com desembaraço, emoção e nenhuma pieguice, mesmo tendo todos os elementos para virar um dramalhão. Mas Cris Guerra não deixou a peteca cair e, além de um belo livro, nos deixou um recado valioso: a vida não apenas continua, ela sempre recomeça.


autor Stephen Kanitz






A Generosidade Masculina





























É tão generalizada a visão de que os homens na maior parte são egoístas, gananciosos e só pensam em si que fico até constrangido em tentar mostrar alguns fatos e dados que colocam essas generalizações ofensivas em xeque. Antigamente, um dos critérios que as mulheres usavam para escolher seus pares era justamente a generosidade masculina. Elas ficavam muito atentas para detectar homens generosos, aqueles que pagavam a conta num jantar (dele e dela). Aqueles que as levavam a lugares caros, um teatro ou concerto, os que davam flores todos os dias, jóias e presentes caríssimos. Elas sabidamente procuravam um par que estivesse ganhando muito mais do que precisava para viver sozinho. Que tivesse excedentes quando solteiro e, por conseguinte, dinheiro de sobra para cuidar de mais pessoas no futuro. Portanto, casavam-se com homens que não iriam se sentir mais pobres depois da lua-de-mel e que não reclamariam todos os dias dos gastos da mulher. Casavam-se com homens acostumados a gastar mais com os outros do que consigo.


Não é coincidência que "generosidade" advenha do próprio termo "gênero". Pode-se argumentar que a generosidade masculina é uma conseqüência da ação feminina, que não é mérito dos homens. Mas afirmar que os homens são todos canalhas e egoístas como encontramos em alguns textos acadêmicos não confere com os fatos. Infelizmente, esse método de seleção passou a ser considerado politicamente incorreto. A generosidade masculina passou a ser considerada mais uma forma de opressão machista ou uma forma de suborno para obter algo em troca. Ativistas defenderam o direito de igualdade na hora de pagar as contas, em vez de defender a generosidade recíproca, ou o altruísmo recíproco, que seria a causa mais correta. Hoje, a maioria das mulheres trabalha, e o critério agora vale para os homens também. Certamente, eles estão atentos àquelas que gastam bem menos do que ganham, que dão presentes caríssimos ao namorado, que pagam o jantar para ambos, em vez de simplesmente dividir a conta.


As mulheres de hoje foram induzidas a se casar com homens menos generosos, egoístas de fato, e o resultado está aí. O número de casamentos fracassados e divórcios não parou de subir nos últimos trinta anos. A briga de casal por causa de dinheiro é uma das três principais razões para a separação. Mas há uma segunda conseqüência ainda mais nefasta. Os homens passaram a gastar não mais com as mulheres por quem se apaixonam, mas consigo. Passaram a comprar canetas Montblanc, sapatos e roupas de grife, em vez de rosas e presentes caros para elas. Continuaram tentando mostrar às mulheres que eles ganham muito mais do que precisam para viver, razão pela qual as mulheres os adoram mesmo assim. Continuam usando o mesmo critério de seleção, mas de uma forma equivocada.

Em nome de uma ideologia, transformaram o homem generoso de antigamente no homem narcisista de hoje. Toda essa ostentação e esse consumo supérfluo não são fruto do "capitalismo neoliberal" nem do "mercado de consumo", mas de uma visão equivocada do que é "politicamente correto" nas relações de gênero. A generosidade masculina deixou de ser o critério de seleção que era. Em suma, deu-se um tiro no pé. A nova geração de mulheres saiu perdendo, pois, uma vez casadas, descobrem que terão enormes dificuldades em convencer seus mauricinhos a trocar aquele Audi A4 por um carrinho de bebê quando a paternidade chegar. Se você pretende se casar com um homem inteligente, competente e generoso e que não vai controlar eternamente os seus gastos, procure os homens sob a ótica antiga. Aqueles que ganham mais do que precisam para viver, os que são extremamente generosos com relação ao dinheiro. Hoje, o mesmo critério se aplica a uma mulher. Você terá um marido ou esposa inteligente, um pai carinhoso e uma mãe precavida, uma vida financeira sem sustos e, o mais importante, sem dívidas para infernizá-los.

terça-feira, 26 de abril de 2011

O tempo fechou...e agora?








O tempo fechou... e agora? -
(Liane Alves)

A vida muda rápido, a vida muda num instante, você se senta para jantar e a vida que você conhecia acaba de repente”, escreveu Jane Didion, em seu livro O Ano do Pensamento Mágico (ed. Difel).

A morte repentina do marido, que sofreu um enfarte na mesa de jantar, transformou radicalmente a trajetória dessa jornalista americana.

De uma forma ou de outra, todas nós já experimentamos dias que amanhecem como qualquer um e dão uma guinada, abalando nossas estruturas.

A psicóloga paulista Sandra Taiar interpreta o modo como respondemos a tais surpresas e mostra como é possível adquirir mais equilíbrio apesar da intensidade das circunstâncias. Psicoterapeuta há 25 anos, ela pratica e pesquisa a metodologia formativa do americano Stanley Keleman, criador da terapia somática formativa, que leva em consideração, entre outras coisas, a influência do corpo, da mente, da emoção e da sexualidade na nossa maneira de pensar e agir. Nessa entrevista, Sandra Taiar nos mostra passo a passo o que acontece conosco depois de um grande choque.



BF Por que sentimos tanto medo do que é inesperado?
ST Numa realidade em que nada permanece no mesmo lugar durante muito tempo, o desejo básico da maioria das pessoas é de estabilidade, continuidade e duração. Por exemplo: testemunhamos um número crescente de divórcios e separações, mas o sonho de muitas mulheres ainda é ter uma relação estável e duradoura, como as de antigamente. O mesmo acontece no mundo corporativo, onde o risco de uma demissão ou a descontinuidade de um trabalho O TEMPO FECHOU... E AGORA? está sempre presente. Resultado: quanto mais mudanças nos ameaçam, mais nos apegamos com unhas e dentes a tudo que acena com um mínimo de segurança. Ou seja, desejamos que a vida permaneça a mesma.

BF Quais as consequências sociais dessa contradição entre o desejo de permanência e a realidade em constante transformação?
ST Nesse mundo vertiginoso, não somos estimuladas a amadurecer respostas para as sucessivas crises e desafios que enfrentamos. Temos de estar sempre prontas para mudar e, para complicar, somos seduzidas continuamente por imagens idealizadas de perfeição e sucesso e por uma forte pressão por produtividade, sob pena de exclusão. Essa é a grande crise, o pânico de que a qualquer momento podemos ser excluídas e perder territórios conquistados. O medo do inesperado e a impossibilidade de assimilar as mudanças nos levam a situações crônicas de depressão, solidão, vazio e falta de sentido. Na tentativa de compensar o ritmo dessa sociedade, nos apegamos a valores tradicionais, que ainda nos dão a sensação de segurança, como o casamento, a estabilidade no emprego e os papéis femininos tradicionais. Talvez estejamos diante de uma sociedade de transição, que emerge de uma tradicional e estável para outra mais móvel e dinâmica.

BF Por que é tão difícil aceitar a mudança repentina?
ST Porque, em parte, precisamos da repetição, do previsível, pois assim construímos nossa estabilidade emocional, profissional, financeira e afetiva. Durante a primeira metade da vida, essencialmente, construímos essa estabilidade. Faz parte dessa fase competir, vencer, justamente com o objetivo de adquirir segurança. Ao mesmo tempo, formas muito rígidas nos asfixiam. Também precisamos do movimento, da mudança e da fluidez. Vivemos em busca de um equilíbrio entre esses dois aparentes paradoxos.

BF O que acontece quando uma pessoa se vê diante de algo que causa um choque emocional?
ST A resposta depende da maturidade, do quanto se consegue lidar com a situação ou ser machucado por ela. Ao mesmo tempo, um choque sempre dispara o mecanismo do susto, uma forma de proteção automática diante de situações de emergência, desenvolvida pelo ser humano ao longo da evolução. Diante do choque, de uma dor excessiva, temos três alternativas de atitudes. A primeira seria partir para um enfrentamento e ataque – endurecemos todo o corpo e bombeamos sangue para a parte superior, preparando-nos para lutar. Na segunda, a pessoa não se decide entre o ataque e a vontade de fugir, fica indecisa, sem ação ou tem atitudes conflitantes. Uma terceira atitude é o colapso total (desmaio) ou a fuga, assumindo que somos incapazes de enfrentar a situação. Essas respostas a momentos emergenciais são resultantes do nosso processo evolutivo – cada um de nós tem uma maneira quase padronizada de reagir: há os enfrentadores, os que ficam meio paralisados entre fugir ou enfrentar e há aqueles que preferencialmente decidem não enfrentar e fugir.

BF A reação diante da mudança repentina depende muito do que a pessoa já vivenciou?
ST Sim. Todos nós crescemos enfrentando desafios e ameaças. Um acontecimento que é vivido como assimilável por alguém pode ser pesado demais para outra pessoa. E a intensidade dessas agressões depende do momento em que ocorreram em nossa vida, de quantas vezes aconteceram, de onde partiram e de sua duração e gravidade. A reação tem a ver ainda com o tipo de apoio que se recebeu ou não. A ausência temporária dos pais, por exemplo, pode ser vivida como agressão para uma criança pequena e apenas como um desafio para uma criança maior. Uma crise financeira pode ser um estímulo a mudar, mas, se for muito intensa, também pode implicar perdas e desagregação familiar. Em geral, a tendência é repetir um mesmo tipo de reação diante dos choques. Se a repetição for mecânica e automática, porém, é sinal de que temos poucos recursos para encontrar saídas para desafios diferentes.

BF As pessoas que nos servem de referência também influem no jeito como reagimos?
ST Sim. A forma de reação das pessoas que representam referências importantes é que nos ajuda a construir respostas às crises. Se tivermos pessoas estruturadas na família, por exemplo, podemos nos fortalecer diante do imprevisto. Da mesma maneira, se já conseguimos superar com relativa facilidade outras mudanças bruscas no passado, essa capacidade também nos ajuda a vencer novos traumas. Quanto mais positivas forem as experiências anteriores e as referências de pessoas próximas diante de uma dor inesperada, mais fácil será a reação e a recuperação.

BF Depois de um choque inicial, então, o que pode ocorrer?
ST A resposta imediata é a investigação e o enfrentamento. São momentos em que escolhemos entre avançar ou recuar, enfrentar ou fugir, lutar ou ceder. Se o choque ou a agressão prossegue, podemos ficar excessivamente rígidos, buscando manter a integridade. Se a ameaça continuar, vem a dúvida: enfrentar ou voltar e fugir? O conflito, frequentemente, nos congela na posição de dúvida. Às vezes, a resposta é desistir de lutar, inclusive desmaiar, para diminuir a pressão interna. Essas formas de reação são emocionais e corporais e geralmente devem persistir apenas sob o impacto da emergência. Se elas não são superadas, podem se tornar comportamentos com efeito nefasto, limitando nossa capacidade de responder a outras crises.

BF Por que algumas pessoas parecem anestesiadas com um choque? Muitas delas buscam viver depois como se nada tivesse acontecido...
ST Às vezes, precisamos da anestesia para poder suportar uma dor muito forte. É um mecanismo de proteção, desenvolvido no processo de evolução. Porém, se a situação de anestesia se prolonga, se congela no tempo, e se a pessoa prossegue negando a situação desafiadora, então ela será afetada de modo mais extenso, se anestesiando e negando outras situações de vida, o que vai comprometer seu desenvolvimento. Por outro lado, se alguém se congela no estado de alerta extremo, pode se tornar permanentemente tenso, mesmo quando não há ameaça iminente. Quando o medo faz estancar o psiquismo num momento de resposta agressiva, o risco é que a pessoa reaja sempre com agressividade seja qual for a situação. E, nesses casos, o equilíbrio está comprometido, pois o que pode ser natural e aceitável diante de um grande susto passa a ser patológico e prejudicial quando se cristaliza ao longo do tempo. Todas essas respostas são organizadas no próprio corpo, modelando sentimentos, percepções e pensamentos que limitam nossa capacidade de aprender e evoluir diante de encontros e estímulos novos.

BF O que pode favorecer o processo de descongelamento?ST Toda mudança precisa de um tempo de maturação, seja ela o nascimento de uma flor, seja o culminar de uma idade, seja uma transformação no modo de viver. É muito difícil viver o fim prematuro e inesperado de um ciclo. Quando uma situação ou um ciclo acaba – ou seja, quando aquilo que era estável já não pode prosseguir ou não faz mais sentido – é preciso reconhecer que algo mudou definitivamente e que a vida não será a mesma. O reconhecimento de um fim é o primeiro passo para a mudança. A vida mudou e não adianta repetir o mesmo padrão. No processo de ending (finalização) – como Stanley Keleman chama o término de um ciclo –, depois da aceitação há um período de desmanche dos antigos padrões, fase extremamente necessária para encerrar uma etapa da vida. Passar de um casamento para outro quase imediatamente, por exemplo, pode significar que trocamos de parceiro apenas para reforçar nossas expectativas não realizadas com o parceiro anterior. Se não nos permitimos o tempo interno necessário para que os antigos padrões se reformulem, como abrir espaço para um novo começo? Não se pode evitar um tempo de luto, de despedida interna. É o que Keleman chama de plano intermediário, uma pausa solitária e curativa necessária para que novas conexões e possibilidades sejam gestadas dentro e fora de nós.

BF Quando não há essa pausa, acabamos levando velhas formas para novas situações?ST Sim. Precisamos de um tempo para voltar a pulsar de maneira plena, com energia suficiente para fazer frutificar novos movimentos, ideias ou formas de se relacionar. Quando deixamos um ciclo de fato se encerrar, sem pressa, conseguimos voltar à vida mais íntegras. A pausa faz surgir novos hábitos, encontros, jeitos de fazer as coisas, interesses, necessidades. É extremamente importante ter um tempo para cultivar e experimentar essas novas formas de viver, senão há risco de voltar ao antigo padrão, o que significa retroceder no processo de amadurecimento.

BF Ao reagir, há algum modo de impedir que o jeito antigo predomine?
ST Imagine a situação: alguém termina um namoro a duras penas e, quando está conseguindo esquecer, o ex-parceiro pede para voltar. A dificuldade é não saber o que fazer diante de uma situação que nos transporta de volta ao conhecido. Para evitar uma reação automática é preciso identificá-la e estar muito consciente dessa armadilha. Será que você cede fácil sob pressão? Será que fica confusa e não decide o que fazer? Ou logo desiste de mudar? Além de reconhecer o impulso que nos move quando ficamos entre assumir um novo desafio ou voltar ao conhecido, é preciso enxergar e alterar a imagem corporal que assumimos nesses momentos.

BF Por que é preciso identificar a reação corporal nos momentos de desafio e decisão?
ST Vamos supor que toda vez que um ex-namorado liga você fique confusa. Meu conselho é observar como o seu físico reage: o coração começa a bater forte? Você fica dividida entre continuar a conversa ou interromper? Se assim for, vai perceber que um lado do seu corpo vai para frente, enquanto outro vai para trás. A respiração pode ficar rápida, superficial: o peito afunda e estufa depressa, a nuca endurece, vem um aperto na garganta... O estômago pode se retrair ou a visão se turvar. Nesse estado, a mente já não pensa com clareza e então você responde o que o outro quer que você responda, e não o que você queria responder. É importante saber como o corpo reage para conseguir desacelerar essas reações físicas automáticas, um grande recurso para evitar comportamentos automáticos. Brecar esses processos automáticos lhe dá tempo de hesitar entre avançar ou recuar, o que significa uma oportunidade de entrar em conexão mais profunda com você mesma e só depois disso agir.

BF Como se pode relaxar o corpo, livrá- lo do automatismo para obter esse tempo precioso?
ST Concentrar a atenção na respiração é o caminho para relaxar a tensão muscular, o diafragma, desfazendo a rigidez da coluna e da nuca. Respire, respire, sem pressa. Aos poucos, você vai voltando a sentir os pés no chão, o coração mais ritmado, o fôlego de volta ao normal. Um corpo relaxado ajuda a recobrar a consciência e o controle emocional. Daí, você estará pronta para decidir o que de fato quer. Ao praticar essa desaceleração, recupera-se a chance inestimável de responder de acordo com o que realmente se deseja.



Fonte: Revista Bons Fluidos - Dezembro 2009
http://bonsfluidos.abril.com.br/livre/edicoes/0129/02/o-tempo-fechou-pag-03.shtml






Ser Feliz...é









Ser feliz é


reconhecer que vale a pena viver

Apesar de todos os desafios,

Incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas

E se tornar um autor da própria história.

É atravessar desertos fora de si,

Mas ser capaz de encontrar um oásis

No recôndito da sua alma.



É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.

É saber falar de si mesmo.

É ter coragem para ouvir um “não”.

É ter segurança para receber uma crítica,

Mesmo que injusta.



Pedras no caminho?

Guardo todas, um dia vou

Construir um castelo ...

Paciência - paciente!

Ser ou não ser paciente



Quando somos pacientes, coisas que normalmente,consideraríamos muito dolorosas, acabam ,não parecendo tão ruins.

Ao contrário , quando não existe a tolerância paciente,até as menores contrariedades parecem insuportáveis.



Tudo depende de nossa atitude diante dos fatos.

Às vezes,damos uma impressão de dinamismo ao dizermos alguma coisa.

Outras vezes,damos impressão igualmente,significativa de permanecermos em silêncio,em uma paciência,paciente.


Vivemos em uma sociedade em que as pessoas acham cada vez mais difícil demonstrar um mínimo de afeto aos outros,tendo a paciência,a tolerãncia,e a compaixão.

Em vez da noção de comunidade e da sensação de fazer parte de um grupo,uma característica que achamos tão reconfortante nas sociedades menos afluentes,encontramos um alto grau de solidão e perda dos laços afetivos.

Apesar de milhares de pessoas viverem em grande proximidade,parece que muita gente,principalmente,os velhos,não têm com quem falar,a não ser com seus bichos de estimação...


sejamos pacientes....

Caminhos




Caminhos


A compaixão e o amor não são artigos de luxo.

Como origem da paz interior e exterior,

são fundamentais para a sobrevivência de nossa espécie.

Por um lado,são a não violência em ação.

Por outro ,são a fonte de todas as qualidades espirituais: a capacidade do perdão, a tolerância e todas as demais virtudes. Além disso,são o que de fato dá sentido às nossas atividades e as torna construtivas.

A essência da vida é ,sim,a emoção !




A essência de toda vida espiritual ,é a emoção,que existe dentro de cada um de nós.

É a atitude,com os outros.

Se a motivação é pura e sincera,todo o resto vem por si.

Pode desenvolver essa atitude correta para com seus semelhantes,baseando-se ,na bondade,no amor,e no respeito.


E,sobretudo na clara percepção da singularidade,de cada ser humano.


Nosso propósito não deve ser prejudicado,pelas preocupações mundanas: ganhos,ou perdas,prazer ou dor,elogio ou crítica,e fama ou infâmia.


< autor : Dalai Lama em O Caminho da Tranquilidade >