sexta-feira, 1 de maio de 2015

" Nós, os Indios "...e tudo sempre vira em pizza,em desmandos,e em nada ..." isso se chama BRASIL !

Artigo Zero Hora


MOISÉS MENDES
Jornalista
moises.mendes@zerohora.com.br


STF revoga prisão de empreiteiro da Lava Jato e determina regime domiciliar

Soltaram os empreiteiros presos em Curitiba. Deveriam ter soltado? Há quem acredite que eles estavam presos apenas para que virassem delatores. Foram quase seis meses, e a maioria aguentou.
Não se imagina que o clube do superfaturamento tenha o peito de se reunir de novo para trocar charutos e obras e acertar a propina de Pedro Barusco, o único ladrão avulso. Até porque Barusco não deve estar precisando de mais nada.
Os empreiteiros só voltarão para a cadeia se os advogados cometerem barbeiragens. Se forem advogados medianos e buscarem informações com a turma impune do mensalão tucano, adiós cárcere.
Pelo que se deduz do que dizem alguns juristas, é mais fácil o ex-governador Eduardo Azeredo ser condenado em primeira instância em Minas, pelo mensalão do PSDB, do que um empreiteiro voltar para a cela.
Não há dúvida de que o juiz Sérgio Moro irá condená-los. Mas aí teremos os recursos. Leiam o que diz o jurista Dirceo Torrecillas Ramos, professor da USP, ouvido pelo jornal O Globo: se forem condenados, eles vão aguardar em liberdade, enquanto apelam ao Supremo; isso pode demorar muitos anos e possivelmente muitos já estarão até mortos.
Você acreditou que finalmente agora seria diferente, que pegariam os grandes corruptores. Não entusiasme tanto as crianças, os amigos e os colegas.
Corruptor brasileiro tem a chance de morrer antes da condenação. Seus operadores também. O doleiro Youssef é velho conhecido da Justiça. Há uma década, foi processado por corrupção, fez delação e foi solto ao apontar a bandidagem do famoso caso Banestado, do Paraná.
O juiz Moro homologou o acordo de delação de 2004. Mas Youssef voltou a lavar dinheiro para quem aparecesse com dinheiro sujo. Moro está de novo diante de Youssef, que voltou a dedurar todo mundo. Moro condenou Yousseff, em setembro do ano passado, a quatro anos de cadeia, pelos crimes lá do primeiro processo. E também o condenou, na semana passada, a nove anos de prisão pela lavagem na Petrobras.
Você tem o direito de imaginar que Yousseff e Moro se encontrarão para sempre, de tempos em tempos, reproduzindo a sina de bandido e mocinho de faroeste.
E nós, os índios, o que fazemos? Nós ficar aqui na colina com a cara de Cavalo Abobado.

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