quarta-feira, 27 de maio de 2015

" T de TRANSPARÊNCIA "

Editorial ZERO HORA debate em torno de eventuais benefícios ou malefícios de produtos transgênicos exige conhecimento científico, mas a discussão sobre as informações básicas que devem constar nos rótulos de alimentos industrializados precisa estar ao alcance de qualquer cidadão. E, ao contrário do que decidiu a Câmara dos Deputados, a retirada do símbolo identificador da transgenia nas embalagens afronta o direito de o consumidor saber que tipo de produto está adquirindo.

Por isso, a consulta popular aberta virtualmente pelo Senado precisa ser vista como uma alternativa democrática para os brasileiros manifestarem diretamente o que pensam sobre o tema a quem tem a delegação de decidir sobre seus interesses. A questão crucial em relação ao assunto é a mesma endereçada aos senadores por ampla maioria no espaço colocado à disposição na internet. Se a alegação é de que não há comprovação científica de malefícios à saúde por parte do produto, qual o problema de manter nos rótulos o símbolo indicando sua presença? Por que sonegar tal informação?

É evidente que um assunto dessa relevância, tanto para consumidores quanto para produtores que apostaram na rentabilidade dos transgênicos, não pode ser tratado de forma amadorística nem açodada. O alerta vale para quem está de um lado e de outro nessa causa _ e também para o Congresso. O interesse despertado pela oportuna iniciativa do Senado deixa evidente que os brasileiros, majoritariamente, querem ser ouvidos e exigem o máximo de transparência na definição sobre esse caso.

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