" Fabrício Carpinejar "
O que uma mulher mais
reclama do homem é sua distração: esquece de observá-la, não valoriza os
detalhes, não identifica surpresas e passa reto em datas importantes e
comemorações amorosas.
Com objetivo de salvar casamentos e namoros, encontrei a saída do labirinto.
O homem deveria confessar que tem déficit de atenção já no primeiro encontro. Na verdade, déficit de atenção é um outro nome para egoísmo - ele só escuta o que quer e só faz o que deseja -, mas rebatizando o defeito terá uma nova vida sem atribulações e julgamento, sem críticas e implicâncias.
Tente, funciona perfeitamente.
Está começando uma relação, chame sua garota para perto, faça o olhar triste do Gato de Botas do Shrek, e puxe uma conversa séria:
— Antes de tudo, preciso expor algo, você tem o direito de não ficar comigo, eu entenderia, mas não desejo esconder nada: eu tenho déficit de atenção!
É óbvio que ela aceitará, todo mundo admite qualquer coisa que é dita na primeira semana de relacionamento (é a fase da tolerância e impunidade). Ela arregalará os olhos, lamentará a dificuldade, prometerá ajuda e não terá mais como cobrar absolutamente nada daqui por diante de seus lapsos e apagões. Será o paraíso fiscal, a redefinição mágica de sua rotina.
Você não reparou que ela cortou os cabelos, daí você diz:
— Amor, você sabe que eu tenho déficit de atenção!
Você não lembrou que completam um ano de relacionamento, não comprou presente e flores.
— Amor, você sabe que eu tenho déficit de atenção!
Você saiu com os amigos para beber, e não avisou.
— Amor, você sabe que eu tenho déficit de atenção!
Você não gravou quando ela avisou que não gostava de azeitonas e buscou servi-la.
— Amor, você sabe que eu tenho déficit de atenção!
Você não reconheceu o sogro de sunga e a sogra de biquíni.
— Amor, você sabe que eu tenho déficit de atenção!
Você troca risos e bocas com uma estranha.
— Amor, você sabe que eu tenho déficit de atenção!
Você não notou que a casa está tomada de velas e que sua mulher dança sensualmente, e ligou a televisão no canal de esporte.
— Amor, você sabe que eu tenho déficit de atenção!
Mas, se ela se depilou e você não viu, por favor, não culpe o déficit de atenção, é o único caso que ele não pode ser usado. Vai voar um tabefe na sua orelha para voltar a ouvir. Ou para ensurdecê-lo de vez.
Com objetivo de salvar casamentos e namoros, encontrei a saída do labirinto.
O homem deveria confessar que tem déficit de atenção já no primeiro encontro. Na verdade, déficit de atenção é um outro nome para egoísmo - ele só escuta o que quer e só faz o que deseja -, mas rebatizando o defeito terá uma nova vida sem atribulações e julgamento, sem críticas e implicâncias.
Tente, funciona perfeitamente.
Está começando uma relação, chame sua garota para perto, faça o olhar triste do Gato de Botas do Shrek, e puxe uma conversa séria:
— Antes de tudo, preciso expor algo, você tem o direito de não ficar comigo, eu entenderia, mas não desejo esconder nada: eu tenho déficit de atenção!
É óbvio que ela aceitará, todo mundo admite qualquer coisa que é dita na primeira semana de relacionamento (é a fase da tolerância e impunidade). Ela arregalará os olhos, lamentará a dificuldade, prometerá ajuda e não terá mais como cobrar absolutamente nada daqui por diante de seus lapsos e apagões. Será o paraíso fiscal, a redefinição mágica de sua rotina.
Você não reparou que ela cortou os cabelos, daí você diz:
— Amor, você sabe que eu tenho déficit de atenção!
Você não lembrou que completam um ano de relacionamento, não comprou presente e flores.
— Amor, você sabe que eu tenho déficit de atenção!
Você saiu com os amigos para beber, e não avisou.
— Amor, você sabe que eu tenho déficit de atenção!
Você não gravou quando ela avisou que não gostava de azeitonas e buscou servi-la.
— Amor, você sabe que eu tenho déficit de atenção!
Você não reconheceu o sogro de sunga e a sogra de biquíni.
— Amor, você sabe que eu tenho déficit de atenção!
Você troca risos e bocas com uma estranha.
— Amor, você sabe que eu tenho déficit de atenção!
Você não notou que a casa está tomada de velas e que sua mulher dança sensualmente, e ligou a televisão no canal de esporte.
— Amor, você sabe que eu tenho déficit de atenção!
Mas, se ela se depilou e você não viu, por favor, não culpe o déficit de atenção, é o único caso que ele não pode ser usado. Vai voar um tabefe na sua orelha para voltar a ouvir. Ou para ensurdecê-lo de vez.
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