Amor-perfeito (Viola tricolor) é uma planta rasteira e que atinge 15 cm de altura, no máximo. Enquanto celtas e romanos faziam perfumes com ela, foi usada por gregos e chineses como medicamento e alimento. Na Idade Média, era considerada um poderoso amuleto contra o mal. Hoje, um artista inglês usa as flores para combater a homofobia.
O projeto The Pansy* começou quando Paul Harfleet sofreu três ataques homofóbicos em um dia, apenas porque andava nas ruas de Manchester, no Reino Unido, ao lado do namorado. Para denunciar o preconceito, o inglês planta, desde 2005, flores nos locais em que homossexuais sofreram algum tipo de violência.
Cada flor plantada é fotografada e divulgada no site do projeto. O objetivo, segundo Harfleet, é que as pessoas reparem na frequência de ataques desse tipo e que percebam que a homofobia é uma realidade enfrentada por gays, muitas vezes, diariamente.
Até agora, mais de 10 mil flores marcam experiências de pessoas espancadas e mortas não apenas na Inglaterra, mas também em Viena, Nova York, Berlim e Istambul. “A humilde amor-perfeito plantada se torna um registro; um resquício da ocorrência pública (do desrespeito) que, ao mesmo tempo em que é profundamente pessoal, está disponível para o público nas ruas da cidade e na internet”, diz.
Para quem quiser se engajar à distância na “jardinagem de guerrilha”, o autor disponibilizou para download um manual (em inglês) que fornece instruções de como plantar flores amor-perfeito, fotografá-las e enviar imagens para o site do projeto.
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*Via The Pansy Project
(Consumidor Moderno)Fonte: http://www.mercadoetico.com.br/12/12/2013
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