NÍLSON SOUZA
Sem ela, não haveria Copa do Mundo. Sem ela, nem futebol haveria. Sem ela, milhões de crianças, de muitas gerações, teriam sido menos felizes. Falo, evidentemente, da bola de futebol, que nesta semana mostrou sua nova cara em todos os veículos de comunicação. Multicolorida como um punhado de fitas do Senhor do Bonfim, composta por seis painéis em formato de bumerangue, pesando 437 gramas e com 69 centímetros de circunferência, ela agora se chama Brazuca e passa a ser a principal embaixadora do nosso país até o Mundial de 2014.
Apesar da roupagem moderna, é ainda aquele brinquedo mágico da minha e de muitas infâncias, que aparecia somente pela época do Natal. A meninada de hoje pode não acreditar, mas as bolas eram tão raras antigamente, que o proprietário de uma delas virava celebridade no bairro. Eram feitas de couro natural e tinham a cor marrom. As novas só eram usadas em ocasiões especiais.
E recebiam mais cuidados do que um animalzinho de estimação. Aliás, teve um tempo em que a gente ensebava a bola para que ela durasse mais. Este “ensebar” não tem o sentido de matar tempo, como fazem os gandulas do time da casa, mas, sim, o de passar sebo, especialmente nas costuras, para que a gordura protegesse do desgaste dos campos de terra e das calçadas.
Sem ela, não haveria Copa do Mundo. Sem ela, nem futebol haveria. Sem ela, milhões de crianças, de muitas gerações, teriam sido menos felizes. Falo, evidentemente, da bola de futebol, que nesta semana mostrou sua nova cara em todos os veículos de comunicação. Multicolorida como um punhado de fitas do Senhor do Bonfim, composta por seis painéis em formato de bumerangue, pesando 437 gramas e com 69 centímetros de circunferência, ela agora se chama Brazuca e passa a ser a principal embaixadora do nosso país até o Mundial de 2014.
Apesar da roupagem moderna, é ainda aquele brinquedo mágico da minha e de muitas infâncias, que aparecia somente pela época do Natal. A meninada de hoje pode não acreditar, mas as bolas eram tão raras antigamente, que o proprietário de uma delas virava celebridade no bairro. Eram feitas de couro natural e tinham a cor marrom. As novas só eram usadas em ocasiões especiais.
E recebiam mais cuidados do que um animalzinho de estimação. Aliás, teve um tempo em que a gente ensebava a bola para que ela durasse mais. Este “ensebar” não tem o sentido de matar tempo, como fazem os gandulas do time da casa, mas, sim, o de passar sebo, especialmente nas costuras, para que a gordura protegesse do desgaste dos campos de terra e das calçadas.
Hoje, as bolas de futebol são verdadeiros objetos de arte. Desenhadas por engenheiros e artistas plásticos, confeccionadas com material sintético, não deformam nem perdem o rumo quando são chutadas com certa habilidade. Dizem que a tal Jabulani, utilizada no último Mundial, tinha vida própria e nem sempre cumpria a trajetória desejada. Chegou a ser apelidada de “bola de supermercado” por alguns atletas mais indignados.
Mas ainda desconfio que essa maledicência foi criada por jogadores que apanhavam dela. Como não dava para culpar os gramados, que são cada vez mais perfeitos, sobrou para a bola. E havia ainda a suspeita de que alguns dos críticos eram contratados pela marca esportiva concorrente. Vá saber.
Agora chegou a vez da Brazuca, cheia de tecnologia e de simbologia. Pelas primeiras aparições, não há dúvida de que ela é bonita como um brinquedo de Natal. Tem tudo para fazer sucesso nesta competição que reúne os maiores craques do futebol e todos os campeões do mundo.
Resta torcer para que seja bem tratada, como merece ser a principal protagonista do maior espetáculo da Terra.
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