Editorial Zero Hora
Exatamente no momento em que apareciam como instituições mais confiáveis na percepção da população brasileira, o Ministério Público e a Polícia Federal envolvem-se numa disputa por protagonismo que ameaça comprometer as investigações da Operação Lava-Jato e a punição dos corruptos e corruptores que saquearam a Petrobras. Por conta desta inoportuna gincana de vaidades, o Supremo Tribunal Federal já suspendeu, a pedido do MP, diligências e inquéritos envolvendo parlamentares.
[ Nota da Blogueira = tudo isso é o desfile dos egos,e mais já possivelmente,compactuando com o status quo= Governo Pressiona,e há também a corrupção a compra de ...os famosos jogos políticos ...]
A disputa de bastidores entre policiais federais e procuradores da República em torno do comando da apuração da Operação Lava-Jato ganhou dimensão quando a PF soube que procuradores telefonaram a políticos investigados, sugerindo que eles poderiam optar por fazer seus depoimentos na sede do MP, em vez de se apresentar à Polícia Federal.
Ora, essa competição não interessa à população brasileira. O Brasil não está procurando heróis nem paladinos da Justiça. Está, isto sim, empenhado no combate à corrupção, que depende de instituições democráticas fortes e responsáveis.
A Polícia Federal e o Ministério Público têm papéis claros, definidos pela Constituição. Devem exercê-los em parceria, de forma harmoniosa e produtiva, para que continuem contando com o apoio e com o respeito da sociedade.
O protagonismo na moralização do país não pode ser de uma ou outra instituição, mas sim de todos os brasileiros comprometidos com a ética e com a democracia.
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