sábado, 21 de março de 2015

' Rio Grande do Sul " linha de desiquilíbrio,pelo Governador Tarso Genro* detonou o RS*

20/03/2015 11h28 - Atualizado em 20/03/2015 14h20

Dilma 'reconhece' crise e diz que RS tem histórico de dificuldades

Presidente participa de colheita de arroz em assentamento do MST.
Dilma Rousseff retorna ainda nesta sexta-feira a Brasília.

Rafaella FragaDo G1 RS, em Eldorado do Sul
Presidente Dilma em Eldorado do Sul (Foto: Rafaella Fraga/G1)Acompanhada de ministros, Dilma participa de evento em Eldorado do Sul (Foto: Rafaella Fraga/G1)
A presidente Dilma Rousseff inaugurou na manhã desta sexta-feira (20) uma unidade de secagem e armazenagem de arroz em assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), em Eldorado do Sul. Ao lado de ministros e saudada pelos integrantes do movimento, defendeu a agricultura familiar e elogiou a atuação em cooperativas. Após o evento, conversou com jornalistas e falou sobre a crise financeira do Rio Grande do Sul.
"Eu reconheço a crise do Rio Grande do Sul, que, aliás, tem um histórico de crises", afirmou, ressaltando que outros estados estão na mesma situação. A presidente afirmou que o tema da renegociação da dívida está sendo discutido no Ministério da Fazenda. "É importante que se reconheça que houve no final do ano de 2014 uma deterioração nas arrecadações".
Durante o discurso, defendeu a agricultura familiar. "É possível, sim, desenvolver uma agricultura familiar de grande qualidade", defendeu a presidente. "Esta é uma experiência que deu certo. Aqui temos um alto negócio para colocar alimentos de qualidade na mesa do povo brasileiro". A presidente ainda se disse antiga frequentadora da Feira Ecológica do Parque da Redenção, em Porto Alegre.
A presidente ainda citou uma chamada pública para a compra de arroz ecológico para distribuir no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Reforçou o compromisso com o Pronatec e o Minha Casa, Minha Vida Rural.
Presidente Dilma dirige trator em colheita de arroz em Eldorado do Sul, RS (Foto: Divulgação/Palácio do Planalto)Presidente Dilma dirige colheitadeira em Eldorado
do Sul, RS (Foto: Divulgação/Palácio do Planalto)
Sobre o contexto econômico, disse que nos últimos seis anos o governo "tomou todas as medidas possíveis para que a crise não atingisse a população", assumindo a conta e desonerando a cesta básica, por exemplo. Em seguida, defendeu os ajustes fiscais.
"Agora, não temos como continuar absorvendo tudo. Estamos ajustando, porque nós não temos como assumir tudo. O nosso desequilíbrio é momentâneo", afirmou. "Nós não podemos apostar contra o nosso próprio país".
Antes da fala da presidente, em breve discurso, o governador do estado, José Ivo Sartori, defendeu a agricultura ecológica, sem agrotóxicos e reafirmou a posição do Piratini em apoio à produção. "Aqui se faz notar a continuidade institucional. O Rio Grande do Sul apoiou essa iniciativa no passado e nós estamos aqui para reafirmar essa disposição de apoiar [a agricultura ecológica e familiar]", afirmou.
Desde o início da manhã, os integrantes do MST se concentram no local para aguardar a chegada da presidente. Além dos bonés e camisetas do movimento, são vistos bandeiras e adesivos do PT entre os presentes. De acordo com o Corpo de Bombeiros, há pelo menos 5 mil pessoas no local, que gritam palavras de apoio à presidente, deixando o ato com clima de comício.
Presidente Dilma participa de colheita de arroz em Eldorado do Sul, RS (Foto: Hélio Marinho/TV Globo)Presidente Dilma participa de colheita de arroz
em Eldorado do Sul (Foto: Hélio Marinho/TV Globo)
O desenlace da fita inaugural foi a segunda atividade da presidente em Eldorado nesta sexta-feira. Minutos antes, ela participou da colheita de arroz agroecológico em um assentamento no MST. Dilma está acompanhada de Pepe Vargas, ministro das Relações Institucionais, Tereza Campelo, do Desenvolvimento Social, Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral da Presidência, e Patrus Ananias, do Desenvolvimento Agrário.
Ao ter seu nome anunciado nas saudações, Dilma é aplaudida, enquanto o governador José Ivo Sartori é vaiado. O primeiro a falar foi o prefeito de Eldorado do Sul, Sérgio Munhoz, que saudou a presidente e ressaltou a importância de obras de rodovias da região e da segunda ponte sobre o Guaíba e reforçou a necessidade de outras melhorias.
"Precisamos do dique de contenção de enchentes no Centro de Eldorado do Sul", disse o prefeito, também acrescentando a necessidade de um viaduto na região e de acesso aos recursos do Minha Casa, Minha Vida. Em seguida, falou o coordenador da Cootap, Emerson Giacomelli.
João Pedro Stédile, representante do MST, saudou outros movimentos ligados ao campo e os "que foram às ruas no dia 13". Ele ainda defendeu a importância da reforma agrária, da agricultura familiar e pediu que seja reforçado o programa Terra Forte. Ele ainda defendeu a reforma política, cobrou que o movimento seja ouvido sobre os ajustes fiscais e criticou fortemente as manifestações contra o governo no dia 15 de março. "O golpe não é contra o governo, é contra os pobres", afirmou.
O ministro Patrus Ananias foi o próximo a falar. Além de defender o fortalecimento da agricultura, saudou a presidente e a importância da inclusão dos pobres e da Justiça social. "É importante lembrar as conquistas admiráveis que estamos tendo no Brasil nos últimos anos", disse.
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Jornalistas e integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) aguardam chega da Presidente Dilma em Eldorado do Sul, RS (Foto: Rafaella Fraga/G1)Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) aguardam chegada de Dilma em Eldorado do Sul (Foto: Rafaella Fraga/G1)

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