sexta-feira, 29 de agosto de 2014

" Recessão Brasileira "

IBGE também revisou o dado do primeiro trimestre deste ano para uma contração de 0,2%


 
 
Em relação ao segundo trimestre de 2013, o Produto Interno Bruto (PIB) do País teve retração de 0,9%
Foto: Getty Images
Com forte retração nos investimentos produtivos e na indústria, a economia brasileira encolheu 0,6% no segundo trimestre de 2014 sobre os três meses anteriores, levando o País a entrar em recessão técnica pela primeira vez em cinco anos.
Em relação ao segundo trimestre de 2013, o Produto Interno Bruto (PIB) do País teve retração de 0,9%, mostrou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.
O instituto também revisou o resultado do primeiro trimestre deste ano sobre o quarto trimestre de 2013 para mostrar contração de 0,2%, contra avanço de 0,2% divulgado anteriormente.
Os resultados no trimestre encerrado em junho vieram piores do que o esperado por economistas em pesquisa Reuters. A mediana das projeções apontava para retração de 0,4% do PIB sobre o primeiro trimestre e de 0,6% na comparação anual.
O Brasil não entrava em recessão técnica, quando há dois trimestres seguidos de contração, desde a crise financeira global de 2008/2009.
Os dados divulgados nesta manhã pelo IBGE reforçam o pior momento econômico vivido pelo Brasil dentro da gestão da presidente Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição nas eleições de outubro.
Segundo o IBGE, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), uma medida de investimentos, recuou 5,3% no trimestre passado sobre o período imediatamente anterior. Foi o pior resultado desde 2009 e marcou o quarto trimestre seguido de retração.
Na comparação com o mesmo período de 2013, a FBCF de abril a junho teve queda 11,20%.
A taxa de investimento no País como proporção do PIB ficou em 16,5% no segundo trimestre, o pior resultado para esse período desde 2006, quando tinha ficado em 16,4%.
O resultado da indústria também foi negativo no trimestre passado, com retração de 1,50% sobre o período anterior e de 3,4% contra um ano antes, segundo o IBGE.

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