quarta-feira, 27 de agosto de 2014

" Muito Além do VOTO "

Artigo ZH


GABRIEL BOCORNY GUIDOTTI
Bacharel em Direito e estudante de Jornalismo
 
Às vésperas da eleição, candidatos se mobilizam na busca dos votos necessários à conquista do mandato público. As campanhas se estendem por todos os meios de comunicação, estimulando o povo a escolher o projeto que a maioria considere mais adequado ao país. Este é o momento em que as pessoas precisam estar atentas, caso contrário partidos viram siglas, e a suposta “renovação no poder”, tão veiculada pelo estafe dos políticos, se transforma em uma anedota de muito mau gosto.
O voto, mais que um compromisso mecânico de apertar uma tecla, é um momento solene e inviolável de cidadania; uma missão-chave atribuída aos filhos da pátria. Entretanto, é instigante pensar no teor crítico com o qual o eleitor pondera sua escolha na urna. Terá sido influenciado por um carisma forjado pelo marketing eleitoral? Recebeu algo em troca? Ou, como todos deveriam proceder, avaliou a história do candidato antes de cumprir o dever máximo da democracia?

 

Um cidadão precisa ser crítico e ter pensamento crítico. Mas a crítica como condição intelectual, não como veiculação escrachada, tal qual fazem os candidatos em época de eleição. O período de campanha, muitas vezes, se transforma em um jogo de projéteis verbais; os planos de governo padecem à troca de farpas. Destarte, ninguém é tão desprezível como pintam os adversários. E ninguém chega ao topo sozinho.
Como escolher, então? Informação. Ir muito além do voto, muito tempo antes. Fazer o protesto nas urnas e permanecer cobrando os representantes eleitos do início ao fim do mandato. Para exigir, contudo, é necessário escolher bem, isto é, avaliar o que os programas de
 campanha não mostram e conhecer o real temperamento de quem se está depositando confiança.
Antes de gestores públicos, o Brasil precisa formar eleitores. O voto é uma obra-prima que não se encerra com a eleição. Trata-se de um contrato de vida, um elo cujas consequências vão acompanhar o cidadão para sempre, sem a prerrogativa de voltar atrás. Pensando no futuro, portanto, a escolha se fundamenta de ainda mais importância. Vote direito! O país precisa de você.


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