domingo, 6 de outubro de 2013

" espiritualidade : Caminho para a luz " << Tríssia Ordovás Sartori >> - Pioneiro


Retratado na novela “Joia Rara”, interesse sobre o budismo aumenta





Pequenos avisos de não pise nas formigas estão espalhados pelo terreno onde o centro budista Khadro Ling está instalado, a sete quilômetros de Três Coroas, no topo da montanha de Águas Brancas. Mais do que alertar para a presença dos insetos, os cavaletes em miniatura cumprem outra função: pregam a compaixão e a conexão entre todos os seres. Assim, nem é preciso entrar no templo para se perceber premissas básicas do budismo.

A construção multicolorida cheia de ornamentos no estilo tibetano – uma mistura de construções indianas e chinesas – é convidativa e, talvez por isso, desperte a curiosidade dos cerca de 2 mil visitantes por mês, a maioria não praticante do budismo. É difícil não se encantar pelas bandeiras tremulando ao vento, pelas rodas de oração com letras douradas e pelas centenas de lamparinas acesas como oferenda de luz.

Os três elementos propagam boas energias para o universo. Segundo uma das moradoras mais antigas da comunidade instalada em torno do templo, Sibele Corrêa, 48 anos, essa curiosidade pela religião, seja visitando o Khadro Ling, seja assistindo à novela das seis, Joia Rara, é extremamente válida.

— Eles podem ser uma semente para despertar essa conexão com o sagrado interno, que não é exclusivo aos budistas – explica.

No caso de Sibele, o interesse surgiu de forma gradativa. Em 1993, ela assistiu a uma palestra do Dalai Lama em Porto Alegre. Logo depois, começou a praticar o budismo na Capital e conheceu o mestre tibetano Chagdud Tulku Rinpoche. Em 1997, começou a frequentar o Khadro Ling e, um ano depois, estava trabalhando lá nos finais de semana. No mesmo ano, decidiu mudar-se para o templo.

Gradativamente, via-se mais preenchida pela filosofia e decidiu viver no centro, que reúne cerca de 50 moradores de nacionalidades diversas – suíça, alemã, norte-americana e argentina.

Todos são responsáveis pelo funcionamento da estrutura. Existe escala para lavar a louça, por exemplo, e são apenas cinco funcionários contratados. As meditações de 90 minutos ocorrem duas vezes ao dia. As refeições são servidas num refeitório coletivo.
                                 

Nenhum comentário:

Postar um comentário