Carlos Alberto Fuhrmeister*
No artigo Fraudes contra o SUS publicado neste espaço ontem, é possível constatar que a desinformação pode levar ao desrespeito.
No artigo Fraudes contra o SUS publicado neste espaço ontem, é possível constatar que a desinformação pode levar ao desrespeito.
Um médico sanitarista, mal informado ou
dotado de safadeza, trouxe dado impreciso publicado no dia 6 de março do
corrente ano em matéria do Informe Econômico da Zero Hora.
O ignorante
articulista (no sentido expresso da palavra por desconhecer) não teve a
dignidade de verificar a correção da informação feita no dia seguinte (7 de
março),
no mesmo espaço.
Ali está corretamente citado que a Santa Casa de
Misericórdia de Porto Alegre realiza 65% do total dos seus atendimentos ao
Sistema Único de Saúde, conforme preconiza a Lei da Filantropia.
O desinformado articulista não tem o mínimo conhecimento de que a Santa Casa de Porto Alegre é a segunda instituição privada sem fins lucrativos do país em volume de atendimento ao Sistema Único de Saúde, são mais de 2 milhões por ano. Também desconhece a importância dos 35% dos demais atendimentos a convênios e particulares como parcela das fontes geradoras de resultados para equilibrar o custo e a receita na assistência ao SUS. São mais de R$ 70 milhões/ano de déficit (já considerados os benefícios sociais de direito), viabilizados pela própria instituição no pleno exercício da sua missão social, bicentenária. A grandeza e a história da Santa Casa de Porto Alegre não merecem tamanho desrespeito.
A desinformação do médico sanitarista foi além, atingindo as 2,1 mil instituições filantrópicas do Brasil. Essa rede responde por 51% das internações SUS. Sem esses hospitais, 150 milhões de brasileiros não teriam quem cuidasse da saúde deles. Fala o desinformado articulista sobre a tabela do SUS. Sabe ele da defasagem histórica dos pagamentos? Sabe ele que as instituições trabalham com um déficit anual superior a R$ 5 bilhões? Também deve desconhecer que os benefícios inerentes a ser filantrópico não chegam a R$ 2 bilhões/ano. O ilustre articulista não sabe dessa realidade, ou não quer conhecê-la.
No Rio Grande do Sul, a rede de hospitais filantrópicos, formada por 245 instituições, não é complementar ao atendimento SUS, e sim a principal estrutura da saúde deste Estado. Atende mais de 70% dos pacientes SUS gaúchos, acumulando déficit anual superior a R$ 400 milhões. É de registrar que a sensibilidade dos atuais gestores tem ajudado parcialmente no enfrentamento desta questão.
O desinformado médico sanitarista deixou claramente expressa a fundamentação oportunística da sua manifestação quando opina que os hospitais deveriam ser “desapropriados”, demonstrando sua avidez de contrariedade ao que é privado, mesmo sabendo que o público custa para a sociedade até oito vezes mais. A ideologia comprometida, varrida das melhores intenções, com certeza, não faz bem à saúde pública.
Talvez a maior fraude contra o SUS está na expressão dos comprometidos desinformados e alheios à verdade do que significa fazer o bem, mesmo que encontre pela frente pessoas que queiram destruir.
*Diretor-geral e administrativo da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre
O desinformado articulista não tem o mínimo conhecimento de que a Santa Casa de Porto Alegre é a segunda instituição privada sem fins lucrativos do país em volume de atendimento ao Sistema Único de Saúde, são mais de 2 milhões por ano. Também desconhece a importância dos 35% dos demais atendimentos a convênios e particulares como parcela das fontes geradoras de resultados para equilibrar o custo e a receita na assistência ao SUS. São mais de R$ 70 milhões/ano de déficit (já considerados os benefícios sociais de direito), viabilizados pela própria instituição no pleno exercício da sua missão social, bicentenária. A grandeza e a história da Santa Casa de Porto Alegre não merecem tamanho desrespeito.
A desinformação do médico sanitarista foi além, atingindo as 2,1 mil instituições filantrópicas do Brasil. Essa rede responde por 51% das internações SUS. Sem esses hospitais, 150 milhões de brasileiros não teriam quem cuidasse da saúde deles. Fala o desinformado articulista sobre a tabela do SUS. Sabe ele da defasagem histórica dos pagamentos? Sabe ele que as instituições trabalham com um déficit anual superior a R$ 5 bilhões? Também deve desconhecer que os benefícios inerentes a ser filantrópico não chegam a R$ 2 bilhões/ano. O ilustre articulista não sabe dessa realidade, ou não quer conhecê-la.
No Rio Grande do Sul, a rede de hospitais filantrópicos, formada por 245 instituições, não é complementar ao atendimento SUS, e sim a principal estrutura da saúde deste Estado. Atende mais de 70% dos pacientes SUS gaúchos, acumulando déficit anual superior a R$ 400 milhões. É de registrar que a sensibilidade dos atuais gestores tem ajudado parcialmente no enfrentamento desta questão.
O desinformado médico sanitarista deixou claramente expressa a fundamentação oportunística da sua manifestação quando opina que os hospitais deveriam ser “desapropriados”, demonstrando sua avidez de contrariedade ao que é privado, mesmo sabendo que o público custa para a sociedade até oito vezes mais. A ideologia comprometida, varrida das melhores intenções, com certeza, não faz bem à saúde pública.
Talvez a maior fraude contra o SUS está na expressão dos comprometidos desinformados e alheios à verdade do que significa fazer o bem, mesmo que encontre pela frente pessoas que queiram destruir.
*Diretor-geral e administrativo da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre
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