sábado, 5 de outubro de 2013

" Cuide do Peito - calor e música para acalentar o coração "

 OS INDIVÍDUOS CUIDAM DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Ouvir a trilha sonora favorita e fugir do frio são atitudes que protegem o coração. É o que indicam duas pesquisas apresentadas no Congresso Europeu de Cardiologia 2013, em Amsterdã, na Holanda. Os cientistas de ambos os estudos chegaram às conclusões após análises com humanos. A música fortaleceu o tecido endotelial – que reveste as artérias – dos participantes dos experimentos feitos na Faculdade de Medicina da Universidade de Novi Sad, ao norte da Sérvia. Já a baixa temperatura, de acordo com pesquisa do Hospital Universitário Antwerp, na Bélgica, aumenta a ocorrência de infartos.

                                              

O trabalho liderado pela pesquisadora Deljanin Ilic avaliou os efeitos de ouvir a música favorita por 30 minutos, em todos os dias da semana, em 74 adultos. Eles foram separados em três grupos: um praticou treinos físicos (33), outro ouviu a música predileta (10) e um terceiro realizou as duas tarefas (31).

No início e no fim do experimento, foram medidos marcadores da função endotelial encontrados na circulação sanguínea, em especial, o óxido nítrico. Após as três semanas, os maiores aumentos foram registrados no grupo que realizou as duas estratégias simultaneamente. A equipe que apenas praticou atividades físicas teve índices mais altos que aquela que se concentrou na música favorita, apesar de a última também ter registrado benefícios. Segundo Ilic, o treinamento físico já é conhecido por melhorar a função endotelial e é a pedra angular de um programa multifacetado de reabilitação cardiovascular. No entanto, pouco se sabe sobre o papel da música neste ponto ou sobre os efeitos de ouvir o som favorito na função endotelial.

Depois de três semanas, a capacidade de exercício aumentou em 39% no grupo com música e treinamento, em 29% nos participantes que apenas se exercitaram, e em 19% na última equipe.

– Benefícios vasculares de saúde da música podem ser devido a endorfinas ou compostos parecidos com a endorfina que são liberados no cérebro quando ouvimos a música de que gostamos – explica Ilic.

Com os resultados, a pesquisadora acredita que ouvir a música favorita sem praticar atividades físicas é um comportamento que pode auxiliar na reabilitação de pacientes com doenças cardiovasculares.
                                                 

Música favorita e relaxante agem no comportamento sintomático

O cardiologista Mário Borba, diretor científico do Grupo de Estudos de Espiritualidade em Medicina Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia, concorda com os resultados. Segundo ele, a pesquisa é uma comprovação do que o som pode fazer pelo funcionamento do organismo humano.

– Sabemos que pessoas que contemplam a espiritualidade, principalmente no Oriente, com sons, como um mantra, recebem uma influência benéfica bem marcada no organismo. O que ainda não sabemos é como isso acontece – exemplifica.

Essa associação, segundo Borba, já foi feita no Brasil por um cardiologista que analisou a influência da musicoterapia em unidades de dor torácica de emergências de hospitais.

– Ele também percebeu que não especificamente a música favorita do paciente, mas também uma mais relaxante interferem no comportamento sintomático.

BRUNA SENSÊVE | CORREIO BRAZILIENSE/DA PRESS


PESQUISAS APRESENTADAS EM CONGRESSO DE CARDIOLOGISTAS NA EUROPA INDICAM QUE,
AO OUVIR O SOM FAVORITO E SE PROTEGER CORRETAMENTE DO FRIO,

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