Editorial Zero Hora 
A decisão da imensa maioria de Estados e municípios de deixarem para a última hora o encaminhamento de seus planos locais para o ensino diz muito sobre a pouca importância destinada à Educação no país. Ainda que os gestores insistam em explicações como dificuldades técnicas e de planejamento, além de pouco prazo para a definição de metas e estratégias para a área nos próximos 10 anos, o fato concreto é que, de maneira geral, houve um excesso de despreocupação com o assunto.
Em consequência, muitos textos acabarão se restringindo a reproduzir o plano nacional, sem avançar nas especificidades locais.
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No Rio Grande do Sul, assim como na maioria dos municípios gaúchos, a situação não foi muito diferente. E, como ocorreu em grande parte do país, a ênfase nas divergências em relação à discussão de gênero em sala de aula fez com que o tema se impusesse sobre outros, que acabaram muitas vezes colocados de lado. É o caso, por exemplo, do número de alunos por sala de aula e de aspectos relacionados à valorização dos professores.
É lamentável que uma matéria de tamanha relevância para a sociedade e para o futuro do Estado, que precisa avançar na área educacional para melhorar economicamente e não perder importância relativa, tenha sido encaminhada a toque de caixa. Políticas de ensino não podem ficar
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na dependência de quem está temporariamente no poder. Educação de qualidade é um objetivo que precisa ser perseguido permanentemente, com metas definidas num prazo mais longo.
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