quarta-feira, 30 de julho de 2014

" É hora de transformar "

Artigo Zero Hora


JORGE AUDY
Pró-reitor de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento da PUCRS
Ao longo das últimas seis décadas, desde o surgimento do primeiro Parque Científico e Tecnológico, junto à Universidade de Stanford (EUA), ecossistemas de inovação se tornaram fatores críticos de desenvolvimento econômico e social onde atuam. Recentemente, o modelo baseado em espaços
 
 específicos, focados em pesquisa e inovação em parceria com empresas, está sendo desafiado por novos ecossistemas de inovação visando ao desenvolvimento urbano, transformando as regiões onde atuam em laboratórios vivos.

Este novo modelo inclui um ou mais parques, públicos e privados, incubadoras e aceleradoras, instituições de ensino e pesquisa, empresas e organizações orientadas para a inovação. Propõe intervenções urbanas, que integrem e criem um ambiente criativo e orgânico, introduzindo inovações às pessoas e às regiões.

Barcelona, com o Projeto @22, e Berlin-Adlershof atuam neste novo modelo e tornam-se referências para o mundo, assim como foi o Vale do Silício (EUA) por muitos anos. No Brasil, a experiência do Porto Digital, em construção no Recife, é o mais próximo deste novo modelo.
Os Parques Científicos e Tecnológicos podem e devem desempenhar um papel importante na construção de cidades e regiões que optarem por uma vida urbana mais inteligente e alinhada com o potencial da Sociedade do Conhecimento que vivemos. Emergem os governos como atores críticos nessa construção. Sendo o principal usuário desses benefícios, no conceito living lab, cabe também aos governos determinar os planos de investimentos e inovações, criando condições para o desenvolvimento de novas aplicações e tecnologias para a vida urbana.
 
Aos parques e às empresas, cabem a discussão e as ações empreendedoras, direcionando parte de seus ativos intelectuais e físicos, possibilitando a experimentação de produtos e serviços desenvolvidos para as novas cidades inteligentes. Em pleno período eleitoral, discutir o futuro de nossa região sob esta perspectiva pode apontar novos tempos e um futuro mais promissor a nossa sociedade.


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