EDITORIAIS Zero Hora
Estados e municípios em busca de subsídios para qualificar o ensino dispõem das lições oferecidas pela prefeitura do Rio. A ex-secretária de Educação carioca Cláudia Costin, que assumirá a diretoria do setor no Banco Mundial, chega ao cargo como reconhecimento pelo trabalho que liderou no município. Em entrevista ontem ao programa Atualidade, da Rádio Gaúcha, a secretária contou em detalhes como conseguiu melhorar significativamente os resultados da maior rede pública municipal da América Latina, com 1.075 escolas e mais de 43 mil professores, e resumiu a performance obtida a partir de uma deliberação aparentemente singela: Em primeiro lugar, é preciso ter coragem.
É o que de fato ainda falta para o início de mobilizações como a conduzida pela ex-secretária, cuja formação em Administração e Economia destoa do perfil clássico dos gestores da área. O principal foco do seu trabalho foi exatamente a melhoria da gestão.
O ensino
municipal reavaliou também sua base pedagógica e, por fim, o setor público
passou a atrair, com uma boa remuneração, até mesmo profissionais que atuavam na
rede privada.
Há lições que podem ser absorvidas de imediato, entre essas a de
que o sistema de progressão continuada, que evita reprovações, pode ser, como
define a ex-secretária, apenas um modelo a serviço de uma visão demagógica.
Por
conta desse sistema, cerca de 80% das escolas cariocas não tinham provas. Uma
ideia que não se sustenta apenas nas boas intenções estava penalizando crianças
pobres, sem exames de avaliação, com um ensino classificado na entrevista como
“de segunda classe”. As provas foram retomadas, e as escolas passaram a receber
o suporte de material curricular único.
Outro aprendizado é oferecido pela ênfase dada à alfabetização, a partir da constatação de que, em 2009, 13,6% dos alunos do 4º ao 6º ano eram analfabetos funcionais, ou seja, não dominavam leitura e escrita básicas. Em 2013, esse índice caiu para 3%. Além disso, 90% das crianças saí-ram do 1º para o 2º ano alfabetizadas. A mesma gestão obteve rendimentos muito acima da média nacional entre estudantes do 6º ao 9º ano, submetidos aos exames do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes.
Outro aprendizado é oferecido pela ênfase dada à alfabetização, a partir da constatação de que, em 2009, 13,6% dos alunos do 4º ao 6º ano eram analfabetos funcionais, ou seja, não dominavam leitura e escrita básicas. Em 2013, esse índice caiu para 3%. Além disso, 90% das crianças saí-ram do 1º para o 2º ano alfabetizadas. A mesma gestão obteve rendimentos muito acima da média nacional entre estudantes do 6º ao 9º ano, submetidos aos exames do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes.
O
município conseguiu o engajamento dos professores com a definição de objetivos e
uma manifestação inquestionável de valorização dos docentes, com os vencimentos
mais altos entre as redes públicas das capitais brasileiras.
Mesmo assim, a nova diretora do Bird enfatiza que melhorar o ensino não custa caro. Trata-se, na verdade, de uma escolha, com a definição de prioridades, que a maioria dos administradores ainda precisa fazer.
Mesmo assim, a nova diretora do Bird enfatiza que melhorar o ensino não custa caro. Trata-se, na verdade, de uma escolha, com a definição de prioridades, que a maioria dos administradores ainda precisa fazer.
Como gestora de educação na
instituição internacional, Cláudia Costin poderá contribuir para avanços na
educação especialmente na América Latina, na África e na Ásia, como parte dos
esforços de combate à pobreza. A ex-secretária é uma das provas de que o Brasil
forma talentos capazes de reverter o quadro geral da educação, mas que somente
serão efetivos se contarem com o respaldo de administradores corajosos.
*** Nota da Blogueira< ... enquanto não tivermos espaço físico,de
boa qualidade,cômodo,confortável,com boas bibliotecas,com credenciamento humano- profissionalismo *** sem roubos,sem corrupção... poderíamos vir a ter ensino qualificado.Mas,com os " mesmos que estão dirigindo a Educação " nada teremos. !
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