MARIA TEREZA LUNARDINI CARDOSO*
Rainha do lar, sem trono e sem coroa, dependente, um perigo ao volante. A mulher, durante muito tempo, foi motivo de preconceitos. Mas, na curva da história, muitas entraram na contramão. As estatísticas provam que a mulher é muito mais cautelosa no trânsito; na vida profissional, tem se mostrado tão eficiente quanto o homem em atividades antes exclusivas do sexo masculino.
Na construção civil, na carreira jurídica, nas forças armadas, na administração de empresas, mostra sua capacidade profissional. Nas estradas, não se intimida com o tamanho do veículo. A ciência tem sido uma aliada inseparável da mulher: para aquelas que desejam planejar sua fertilidade, os contraceptivos colocam-se ao alcance de todas; para outras, cuja maternidade não lhes foi contemplada, ser mãe já não é mais um sonho inatingível _ a reprodução assistida. Na agropecuária, muitas mulheres vêm despontando com competência nessa área, durante muito tempo de domínio dos "senhores".
A mulher vem mudando os rumos da história. Em 1928, a professora Celina Viana inicia uma luta pelo direito ao voto feminino. Em 1934, a mulher conquista esse direito político, mas somente em 1946 ele se torna obrigatório. Em 1997, a Lei 9.504 define a cota de 30% a candidatas femininas. Em 2012, nas eleições municipais, 663 mulheres receberam nas urnas a confiança da sociedade brasileira, mesmo não atingindo as cotas, é uma façanha, fruto do idealismo de muitas "Celinas". No Rio Grande do Sul, apenas 7% foram eleitas, e o primeiro lugar ficou com o Estado da Paraíba. Assim, "o voto de saia" e a luta pela participação da mulher nos destinos do país não foram em vão: de vereadoras a presidenta da República.
A soberba do "machismo" e os movimentos feministas são conflitos do passado. Hoje, a mulher e o homem, lado a lado, saberão estabelecer uma relação de cumplicidade. Por isso, é imprescindível construir uma sociedade em que ambos os gêneros possam celebrar e aplaudir as grandes conquistas da história.
*Professora
A mulher vem mudando os rumos da história. Em 1928, a professora Celina Viana inicia uma luta pelo direito ao voto feminino. Em 1934, a mulher conquista esse direito político, mas somente em 1946 ele se torna obrigatório. Em 1997, a Lei 9.504 define a cota de 30% a candidatas femininas. Em 2012, nas eleições municipais, 663 mulheres receberam nas urnas a confiança da sociedade brasileira, mesmo não atingindo as cotas, é uma façanha, fruto do idealismo de muitas "Celinas". No Rio Grande do Sul, apenas 7% foram eleitas, e o primeiro lugar ficou com o Estado da Paraíba. Assim, "o voto de saia" e a luta pela participação da mulher nos destinos do país não foram em vão: de vereadoras a presidenta da República.
A soberba do "machismo" e os movimentos feministas são conflitos do passado. Hoje, a mulher e o homem, lado a lado, saberão estabelecer uma relação de cumplicidade. Por isso, é imprescindível construir uma sociedade em que ambos os gêneros possam celebrar e aplaudir as grandes conquistas da história.
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