Comum é que acreditemos ter a coragem
para realizar atitudes erradas, mesmo aquelas que pessoalmente julgamos erradas
e que, na solidão do travesseiro reconsideramos erradas. E que, ao acordar,
pesamos acima da xícara de café, e elas pesam erradas. E, por incapacidade de
evitar a sua realização, dizemos que tivemos a coragem de realizá-las. E, ao nos
percebermos cada vez mais atolados nas consequências dessas atitudes erradas,
continuamos realizando-as e nos aprofundando em seu fazer. Por outro lado,
quando nos é dada a chance de tomar a atitude correta, fugimos dessa
possibilidade como se fosse a coisa natural a fazer. É o que se espera da
mediocridade. O comum e o esperado de um homem ou uma mulher é a covardia,
atualmente, talvez até antes de atualmente e depois de atualmente. E, em
contraposição, qualquer coisa diferente da mediocridade, qualquer coisa acima
dela, é coragem. Não inteligência, não força, não amor pela humanidade. E sim
coragem.
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* Eu,
Alessandro Martins, autor, sou jornalista por formação e editor de mídias
sociais por preferência e edito também os seguintes blogs:
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