sábado, 1 de novembro de 2014

Zero hora,esse Rio Grande do Sul

Editorial| SEM INFRAESTRUTURA, ESTADO NÃO TEM COMO SAIR DA CRISE

01 de novembro de 20140
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O Rio Grande do Sul com um poder público endividado que aguarda o governador eleito, José Ivo Sartori, precisa expandir sua economia em percentuais mais elevados do que os registrados hoje para voltar a investir como deveria. A questão é que, sem dinheiro em caixa, o Estado não consegue manter sua infraestrutura em condições razoáveis, o que reduz a competitividade e freia o desenvolvimento. O futuro governador precisará compensar a falta de dinheiro buscando maior participação do setor privado, sob a forma de concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs).
Diretamente ou através de seu poder de gestão perante o governo federal, o Estado tem o dever de atender melhor os gaúchos sob o ponto de vista de logística e infraestrutura. O que dizer do fato de o Rio Grande do Sul contar com um superporto como o de Rio Grande mas não dispor de estradas adequadas para escoar a produção? Além de impor mais riscos aos usuários, rodovias em mau estado encarecem o frete, impactando o preço final dos produtos. Faltam também investimentos em hidrovias, num Estado que não pode continuar dependendo de uma travessia precária como a do Guaíba, nem se conformar com um aeroporto internacional inacabado, com investimentos insuficientes em saneamento básico e em energia.
A particularidade de o poder público gaúcho arcar com um déficit previdenciário equivalente a 30% do que arrecada e de comprometer 13% de sua receita corrente líquida anual com a dívida é consistente para explicar essa estagnação. Nos últimos 10 anos, a estimativa é de que os investimentos de todo o setor público gaúcho _ incluindo estatais, autarquias e órgãos da administração direta _ limitaram-se em média a R$ 1 bilhão anuais. Esse é considerado o valor mínimo a ser destinado só à infraestrutura, se o Estado quiser ser mais competitivo.
O Rio Grande do Sul tem o dever de reduzir, e já, o chamado Custo RS. Como o setor público não dispõe dos recursos necessários, a saída é unir-se à iniciativa privada.

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