Hospital de Clínicas de Porto Alegre,projeto < em utopia > ... ??? |
Rosane de Oliveira
Está nas mãos dos vereadores de Porto Alegre a decisão sobre o projeto de ampliação do Hospital de Clínicas, barrado pelo Conselho do Patrimônio Histórico por alterar a fachada de um prédio considerado ícone da arquitetura modernista. Entidades de defesa do ambiente também se mobilizam contra o projeto porque ele prevê a derrubada de 240 árvores plantadas em 1977 _ metade das que estão na área do estacionamento, em frente à Avenida Protásio Alves, ou 10% da cobertura vegetal de todo o terreno do Clínicas.
Sou uma plantadora de árvores que defende a preservação do ambiente, mas no caso do Hospital de Clínicas penso que é preciso pensar primeiro na vida dos pacientes que dependem de atendimento nessa instituição. As árvores que serão retiradas para a construção dos dois anexos podem ser compensadas com o plantio de mais mudas em outras áreas. Inadmissível é privar os pacientes do SUS da ampliação do atendimento em um hospital de referência que está estrangulado pelo aumento constante da demanda.
O ideal seria compatibilizar a ampliação do hospital com a preservação das árvores e da fachada, mas a direção do hospital alega que isso é impossível. O prefeito José Fortunati se convenceu de que, de fato, não há como construir os anexos em outro local. Entre outras razões, porque a emergência _ que passará de 1,7 mil metros quadrados para 5,1 mil metros quadrados, precisa estar em área de fácil acesso para ambulâncias e para pacientes que chegam por outros meios.
Quem já visitou a emergência dos Hospital de Clínicas em dias de superlotação (quase sempre), com pacientes amontoados à espera de um leito e familiares sem um local adequado para esperar notícias, tem dificuldade para entender a resistência ao projeto. Hoje, médicos, enfermeiros e auxiliares mal conseguem circular entre os pacientes, muitos deles acomodados em estreitas macas por falta de espaço.
Se a ampliação for autorizada, três anos depois o número de leitos do Centro de Tratamento Intensivo subirá de 54 para 110. Com a liberação de áreas do edifício principal, serão instalados mais 155 leitos de internação (hoje são 845), o bloco cirúrgico passará de 28 salas para 41, dobrará a capacidade de realização de diálise e de leitos de endoscopia.
Os vereadores enfrentarão pressões de todos os lados. Não será uma decisão fácil, porque a Câmara terá de fazer uma escolha de Sofia entre o prédio, as árvores e a vida.
Na reprodução abaixo você pode ver como ficará o prédio do Hospital de Clínicas e a parte em frente se a ampliação for aprovada.
Está nas mãos dos vereadores de Porto Alegre a decisão sobre o projeto de ampliação do Hospital de Clínicas, barrado pelo Conselho do Patrimônio Histórico por alterar a fachada de um prédio considerado ícone da arquitetura modernista. Entidades de defesa do ambiente também se mobilizam contra o projeto porque ele prevê a derrubada de 240 árvores plantadas em 1977 _ metade das que estão na área do estacionamento, em frente à Avenida Protásio Alves, ou 10% da cobertura vegetal de todo o terreno do Clínicas.
Sou uma plantadora de árvores que defende a preservação do ambiente, mas no caso do Hospital de Clínicas penso que é preciso pensar primeiro na vida dos pacientes que dependem de atendimento nessa instituição. As árvores que serão retiradas para a construção dos dois anexos podem ser compensadas com o plantio de mais mudas em outras áreas. Inadmissível é privar os pacientes do SUS da ampliação do atendimento em um hospital de referência que está estrangulado pelo aumento constante da demanda.
O ideal seria compatibilizar a ampliação do hospital com a preservação das árvores e da fachada, mas a direção do hospital alega que isso é impossível. O prefeito José Fortunati se convenceu de que, de fato, não há como construir os anexos em outro local. Entre outras razões, porque a emergência _ que passará de 1,7 mil metros quadrados para 5,1 mil metros quadrados, precisa estar em área de fácil acesso para ambulâncias e para pacientes que chegam por outros meios.
Quem já visitou a emergência dos Hospital de Clínicas em dias de superlotação (quase sempre), com pacientes amontoados à espera de um leito e familiares sem um local adequado para esperar notícias, tem dificuldade para entender a resistência ao projeto. Hoje, médicos, enfermeiros e auxiliares mal conseguem circular entre os pacientes, muitos deles acomodados em estreitas macas por falta de espaço.
Se a ampliação for autorizada, três anos depois o número de leitos do Centro de Tratamento Intensivo subirá de 54 para 110. Com a liberação de áreas do edifício principal, serão instalados mais 155 leitos de internação (hoje são 845), o bloco cirúrgico passará de 28 salas para 41, dobrará a capacidade de realização de diálise e de leitos de endoscopia.
Os vereadores enfrentarão pressões de todos os lados. Não será uma decisão fácil, porque a Câmara terá de fazer uma escolha de Sofia entre o prédio, as árvores e a vida.
Na reprodução abaixo você pode ver como ficará o prédio do Hospital de Clínicas e a parte em frente se a ampliação for aprovada.
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