quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

" Caos na energia : vamos discutir ???

" será que ainda possuímos a ordem "
e
o tal progresso???

ANY ORTIZ*
Informações divulgadas na imprensa revelam o verdadeiro caos que consumidores da Capital e de muitas regiões do Estado estão vivenciando na falta constante de luz elétrica nas residências, empresas e indústrias.
 É importante refletirmos sobre as consequências que gera a falta de investimento em energia e a falta do fornecimento de luz. O impacto direto na indústria e na prestação de serviço, seja ele público ou privado, é evidente. Portanto, o aspecto econômico deve ser considerado tanto quanto o social.
 
A falta de luz gera falta de abastecimento de água, entre outros tantos transtornos de ordem pessoal e coletiva. Embora a CEEE seja uma empresa pública de atuação estadual, é fundamental o papel da Câmara de Vereadores de Porto Alegre como um canal de interlocução entre o cidadão, o Procon, a CEEE e a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Delegados do RS (Agergs). Afinal, precisamos saber os reais motivos e o que está sendo feito para diminuir a constante falta de luz, além de auxiliar usuários que não têm acesso a informações claras. Diante dessa situação, podemos afirmar que nossa cidade, assim como muitos municípios gaúchos, está sofrendo, sim, um forte apagão no fornecimento de energia elétrica.
 
A CEEE atribui os cortes à chuva ou a temporais, mas em nenhum momento dá maiores esclarecimentos aos consumidores. Mas todos sabemos que, mesmo sem chover, a interrupção do fornecimento de luz continua. O governo do Estado precisa se pronunciar e dizer ao cidadão, que é usuário e contribuinte, os motivos pelos quais esse apagão está acontecendo. Também é oportunidade de informar que o governo está usando R$ 1,3 bilhão de recursos da CEEE para reforçar o caixa e não investir na companhia.
 
Será que a CEEE está desligando a energia nos bairros para fazer economia necessária pela falta de investimentos? O Código do Consumidor prevê o ressarcimento de aparelhos que queimarem por consequência da queda ou falta de energia. Mas é preciso considerar as residências, comércios e empresas que vêm sendo afetados por essa situação que tem sido constante, causando estragos em grandes quantidades de alimentos condicionados, além de tantos outros transtornos no dia a dia do cidadão. Pequenos e médios comércios que fecham suas portas por não terem condições de atender ao público, agências bancárias e casas lotéricas com sistema fora do ar.                          
                 Quem vai pagar essa conta?

*Advogada e vereadora de Porto Alegre (PPS)

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