terça-feira, 27 de janeiro de 2015

" Uma Difícil Tarefa "

Artigo ZH


SEBASTIAN WATENBERGFoto-Holocausto-Filha-Himmler
VP da Federação Israelita do RS


Foto-Holocausto-Auschwitz-II
O dia 27 de janeiro foi adotado como Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2005. Na resolução, a ONU condena todas as manifestações de intolerância religiosa, incitamento, perseguição ou violência contra pessoas ou comunidades por causa da sua origem étnica ou crença religiosa.
Foto-Holocausto-Corpos-Exumados

Alguém poderia se perguntar: por que o Holocausto se, infelizmente, há tantos outros casos de genocídio na história? É sabido, ainda, que o Holocausto não vitimou apenas judeus, mas negros, ciganos, homossexuais, opositores ao regime etc. Por que, então, os judeus viraram o símbolo desta terrível tragédia que foi o regime nazista?
O Holocausto representou, a toda evidência, o ápice da maldade humana. 
Foto-Holocausto-Trem-Judeus
O povo judeu foi “escolhido” como causador de todas as mazelas da humanidade. Por isso, na visão do Terceiro Reich, deveria ser eliminado, simplesmente pela sua condição, em nome de uma raça pura. Mais uma vez na história, e desta vez alicerçado num plano de extermínio, ficou claro aquilo que é hoje lugar comum: cada um de nós carrega dentro de si o “gene” do não gostar ou tolerar o diferente.
Ao longo da história, a humanidade tem tentado segregar e, não raro, eliminar grupos que pensam e se comportam de maneira distinta do establishment. Aprender não apenas a conviver com as diferenças, mas, acima de tudo, a respeitá-las e aceitá-las como escolhas válidas e possíveis não é e não será tarefa fácil para a humanidade.
Foto-Holocausto-Dormitorio-Judeus
O desafio de viver numa sociedade integrada e multicultural é enorme e, se não podemos apresentar, desde logo, os caminhos que levarão a uma convivência pacífica e harmônica entre os seres humanos, podemos olhar para trás para aprender com o passado. É dever das pessoas de bem, independentemente de sua orientação religiosa ou política, lembrar que qualquer caminho que leve a humanidade a um novo tempo não deverá contemplar qualquer forma de violência. A máxima de Edmund Burke, segundo a qual “para o triunfo do mal, basta que os bons não façam nada”, continua fazendo sentido.

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