sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

" A Europa e o Desafio Muçulmano "

Artigo  Zero Hora

LUIZ CARLOS DA CUNHA
Arquiteto e urbanista

O atentado contra o jornal Charlie em Paris atiçou a polarização política em todo o continente.

 A pressão migratória oriunda da África maometana foi consentida desde o final do colonialismo. As nações europeias acolheram os antigos colonizados, promovendo-os a cidadãos nacionais em igualdade de direitos, como política compensatória ao colonialismo, na crença da assimilação cultural das levas crescentes de sectários do Alcorão.
Foi um engano. Eles preferiram manter-se aferrados em seus costumes, sempre hostis aos fundamentos culturais da democracia iluminista. Os ingleses continuaram primando em respeitar seus históricos conceitos de liberdade individual, extensivos aos recém-chegados, até o extremo de tolerarem suas manifestações de rua exibindo seu ódio à liberdade, ao secularismo, à igualdade das mulheres, à independência do Estado. A maior conquista da civilização ocidental foi o Estado laico, ateu, que afinal mostrou-se a mais sábia solução para dirigir as contradições religiosas de uma sociedade mista.
Nenhuma autoridade maometana protestou incisivamente contra o crime. Em resposta à tolerância oficial, a repulsa ao ataque de fanáticos de Alá, dentro da própria casa que os recebeu, fez surdir uma avalanche popular organizada sob a égide de uma reação à islamização da Europa, da Alemanha, Áustria, Holanda, França, Espanha, Bélgica, países que já sofreram atentados em suas fronteiras.
Argumentam os ministros da Alemanha, Inglaterra e França que sua guerra não é contra o Islã; é contra os terroristas. Os líderes contrários a nivelar a crença do Alcorão à sedimentação histórico-cultural judaico-cristã de 2 mil anos na formação da Europa, entendem que, na velocidade reprodutiva das colônias islamitas e na abertura escancarada das fronteiras à imigração, vão ter esmagados em breve tempo sua cultura europeia e seu modo de vida ocidental. Os partidos direitistas incorporam-se a essa reação. O desenlace desse enfrentamento político ainda vamos assistir até o final do século, quando saberemos qual das soluções resolverá o desafio muçulmano.

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