sexta-feira, 23 de maio de 2014

" Segurança nas escolas "

 


CLECI MARIA JURACH
Secretária de Educação de Porto Alegre
escolas sem condições de Ensino ...
 
 
É um equívoco atribuir a falta de segurança nas escolas à não nomeação de guardas municipais. As escolas não estão isoladas da sociedade e refletem, portanto, toda a intolerância e os conflitos característicos dos tempos em que vivemos.
 Das situações de violência predominantes nos pátios e salas de aula, a grande maioria é consequência da violência estrutural _ doméstica ou da comunidade _ e de situações envolvendo drogadição.

a realidade tal como é,no Norte e Nordeste do BRASIL.

Dar como causa ou origem da violência a falta de estrutura e de planejamento da prefeitura de Porto Alegre é outro engano. O trabalho da gestão educacional realizado na Capital é referência nacional e vem sendo construído dia a dia para resgatar e promover relações de respeito mútuo e boa convivência.
A prefeitura, por intermédio da Secretaria Municipal de Educação (Smed) e demais órgãos do município, não admite na rede qualquer tipo de violência, seja ela dentro ou fora da escola.
Os investimentos em gestão e nos profissionais que atendem os alunos não cessam. A Smed realiza sistematicamente formações de gestores e de professores para qualificar o acolhimento de crianças e de jovens e para intensificar os cuidados sobre os riscos que cercam os alunos.
A ampliação da jornada escolar dos estudantes desde a Educação Infantil, inclusive nos fins de semana, através dos programas Cidade Escola e Escola Aberta, é outra importante ferramenta da administração municipal contra a violência.
Entendemos, entretanto, que mesmo equipada com os melhores instrumentos de segurança _ uma realidade que se constrói no município por meio do videomonitoramento _ e trabalhando com gestores e professores qualificados, a instituição escola não dará conta sozinha de uma problemática social. É fundamental uma ação de segurança pública, com a presença da Brigada Militar nas proximidades dos colégios para coibir o tráfico e os ilícitos.
 
Temos que incluir a sociedade como um todo na luta pelo enfrentamento à violência, pois nenhuma instituição responde sozinha a uma problemática social.
 
 O desconhecimento do todo reduz e exclui as possibilidades de atenção, com ações desarticuladas e inócuas.


 

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