sábado, 29 de julho de 2017

Chip: tecnologia permite uso para diversas tarefas (albln/Thinkstock)

Chip com tecnologia RFID

 Uma empresa americana substituiu crachás e senhas por chips subcutâneos. A prática tem ganhado força na Europa e é chamada de biohacking

 Por Victor Caputo access_time 28 jul 2017,  São Paulo – 


Uma história chamou a atenção nesta semana. Uma empresa de quiosques de vendas chamada Three Square Market, sediada nos Estados Unidos, encontrou uma solução para facilitar a vida de seus funcionários: colocar chips sob a pele da equipe.   A ideia é que a tecnologia seja usada na autenticação de serviços da empresa por meio da tecnologia NFC—a mesma usada em bilhetes únicos no Brasil e pagamentos digitais, como Android Pay ou Apple Pay.

 Esse implante substituiria senhas e crachás do escritório. Ainda será possível realizar compras na loja interna usando o chip para o pagamento. O que parece ser uma história do futuro, é um conto bem contemporâneo. 

Em apenas alguns dias (a partir do dia 1º de agosto), os chips, que têm tamanho de um grão de arroz, serão colocados entre o polegar e o dedo indicador de 50 funcionários da Three Square Market–veja a imagem do chip abaixo. Outros 30 trabalhadores da empresa preferiram não participar do programa—a adição do chip era opcional. Chip que será usado pela Three Square Market custa US$ 300 (Three Square Market/Thinkstock) O CEO da empresa Todd Westby parece animado com a novidade. “Eventualmente, essa tecnologia será padronizada permitindo que seja usada como seu passaporte, identificação para transporte público, compras, etc”, diz o CEO em pronunciamento à imprensa. Westby fez alguns esclarecimentos importantes em uma entrevista à rede de televisão americana ABC. Ele afirmou que os dados são criptografados e armazenados de forma segura. “Não há qualquer rastreamento por GPS”, explica. O projeto não é o primeiro ao redor do mundo. A prática de aliar tecnologia ao corpo humano é chamada de “biohacking”. O programa da Three Square Market está sendo feito em parceria com uma empresa sueca de tecnologia, a BioHax International. É da Suécia, aliás, de onde saem grandes exemplos de biohacking. Um texto de abril deste ano, produzido pela agência Associated Press (AP), mostrava outros exemplos.

 A companhia Epicenter, sediada em Estocolmo, tem um projeto de chips subcutâneos também. “O grande benefício, eu acredito, é a conveniência”, disse à reportagem o CEO da companhia Patrick Masterton antes de abrir uma porta usando o implante em uma das mãos. Uma companhia de trens da Suécia, a SJ, recentemente passou a permitir que usuários do transporte usem chips implantados como comprovante de pagamento. A compra continua sendo feita por meio do site ou app da SJ. A diferença é que um comprovante virtual é enviado ao chip, que é conferido pelo fiscal do trem usando um leitor eletrônico. Estima-se que cerca de 2.000 suecos tenham implantes de chips em seus corpos. Polêmicas É claro que a iniciativa não vem sem suscitar questionamentos. Uma das principais preocupações sobre o assunto é relacionada a hackers e privacidade das informações. Um microbiólogo do Instituto Karolinska, Ben Libberton, da Suécia, comentou o assunto com a AP. A principal preocupação do pesquisador é com qual tipo de informação será armazenada no chip. “Conceitualmente, você poderia conseguir dados de saúde, localização, quanto você trabalha, se está tirando pausas durante o dia e coisas assim”, diz.



 ------- Fonte:  http://exame.abril.com.br/tecnologia/voce-trocaria-cracha-e-senha-do-trabalho-por-um-chip-sob-a-pele

Nenhum comentário:

Postar um comentário