sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

" A Dor da Verdade é a que menos dói "

Artigo  Zero Hora

Humberto César Busnello[presidente do conselho superior da Agenda 2020 ]


Temos observado, principalmente neste ano de 2015, a preocupação da sociedade gaúcha e brasileira com o futuro com o qual teremos que conviver no Rio Grande do Sul e no Brasil. Incertezas no cenário político e econômico. E esta incerteza advém da falta de conhecimento e da real dimensão da gravidade dos fatos e decisões que foram tomados no passado pelos dirigentes legitimamente constituídos.
A situação em que nos encontramos, exige medidas urgentes para uma mudança que nos conduza a um projeto de um Rio Grande sustentável. Os políticos, o Judiciário e os empresários e todas as lideranças gaúchas não têm o direito de se calar deixando de esclarecer a toda a sociedade a verdade dos reais motivos que fizeram com que chegássemos a esta situação. Só com o conhecimento da verdade, compreenderemos a real necessidade de apoio às decisões duras e inadiáveis que devem ser tomadas.
Precisamos de um projeto de Estado de longo prazo, e não mais de projetos de governos. Projetos como adequação da aposentadoria, LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e o Projeto de Responsabilidade Fiscal são instrumentos já aprovados ou enviados à Assembleia Legislativa, que exerce com independência e responsabilidade a representação de todos os cidadãos.
A Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual é o instrumento mais eficaz que os gaúchos terão de controle dos gastos públicos. É o sonho da gestão pública de todos: proíbe o Estado de gastar mais do que arrecada. Ao contrário das decisões tomadas no passado, será preciso comprovar a origem do dinheiro para criar ou aumentar as despesas. Governantes ficam proibidos de conceder aumentos para o sucessor pagar, e a lei restringe incentivos fiscais ao final do mandato. A lei será um instrumento legal e a favor da sociedade gaúcha a fim de preservar o futuro do Rio Grande do Sul. É fundamental que o Rio Grande caiba no seu orçamento, e que ele seja monitorado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Nenhum cidadão gaúcho pode mais ser iludido com falsas e infundadas esperanças de fáceis soluções. A dor da ilusão dói e corrói. A dor da verdade é a que menos dói.


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