terça-feira, 30 de setembro de 2014

" A Responsabilidade dos Eleitos " * Artigo Zero hora


HEITOR JOSÉ MÜLLER
Presidente da Fiergs
              " Não é mais possível que cada político pense apenas no período do seu mandato "! 

Muito se ouve e se lê sobre a responsabilidade dos eleitores que, no próximo domingo, irão às urnas em todo o Brasil para fazer as suas escolhas. Porém, pouco se diz a respeito dos deveres e responsabilidades comuns a todos os que forem eleitos.

A nova formação dos governos e Legislativos certamente impõe mais do que os requisitos básicos da honestidade e dedicação ao bem comum.

A expectativa está no fato de que a sociedade demanda e merece a coragem dos eleitos de realizarem as reformas e ajustes de que o país e o Rio Grande do Sul precisam com urgência.

O baixo crescimento da economia brasileira leva ao desafio de que o governo federal faça já em 2015 as correções de rota imprescindíveis, como apontam as propostas elaboradas pelas federações e encaminhadas aos presidenciáveis pela Confederação Nacional da Indústria.

A clarificação da legislação trabalhista e dos complexos regulamentos impostos aos contribuintes, que hoje oneram a competitividade da economia brasileira, bem como extinguir o alto custo da burocracia nacional, são questões que exigem soluções urgentes.

No Rio Grande do Sul, assumir um Executivo endividado e deficitário requer atitude e coragem para reordenar a governança, e não cair no simplismo de colocar o lixo embaixo do tapete. 

Há, por resultado direto, a carência de investimentos na infraestrutura, o que aumenta o “Custo RS”, impactado por decisões anacrônicas como o piso salarial regional. 

As soluções estão no acervo da Agenda 2020, trabalho pioneiro do qual a Fiergs participa desde o começo.
A responsabilidade dos eleitos situa-se também na visão de que não é mais possível que cada político pense apenas no período do seu mandato. O que a sociedade espera é a conduta de estadista pelos que ocuparem os cargos públicos, sem exceção. 

Estadista é aquele que considera e decide em função do que vai ocorrer no longo prazo, ou seja, em vez de trabalhar apenas no seu mandato e em uma possível reeleição, assume o compromisso de zelar pelas próximas gerações. 

Somente assim a sociedade terá dos eleitos as respostas que efetivamente merece.

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