quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

" Violência demais "

fechada,sem policiais

EDITORIAL  Zero Hora

O Rio Grande do Sul registra índices de homicídios duas vezes superiores aos que a Organização das Nações Unidas (ONU) toma como parâmetro para definir como epidemia e os assassinatos se multiplicaram nos últimos 10 anos. 



Como as estatísticas oficiais demonstram que o Estado triplicou os gastos com segurança no período, a sociedade só pode considerar que os investimentos foram malfeitos ou equivocados, pois a população se sente cada vez mais desprotegida.

 A alegação de que, sem as providências já tomadas, os resultados poderiam ser ainda piores não serve de consolo diante de tantas vidas perdidas brutalmente.
A relação direta entre a elevação no número de mortes violentas e as ocorrências de tráfico deixa evidente que as ações dos organismos de segurança precisam dedicar mais atenção ao comércio de drogas ilícitas. O fato de criminosos e vítimas estarem majoritariamente envolvidos com entorpecentes não significa que o restante da população pode ser considerado a salvo. Todos são vítimas em potencial da violência, que precisa ser debelada.

Em contraste com a realidade gaúcha, e mesmo com recursos escassos, outros Estados importantes do país vêm demonstrando na prática que é possível reduzir a criminalidade. 

O poder público precisa reavaliar as políticas de segurança e desfazer a ideia de que matar continue sendo “muito barato”, como alegou uma promotora, pelo fato de os condenados ficarem no máximo dois anos em regime fechado. Os gaúchos precisam de mais proteção.

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