quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

" O Juiz e o Porsche "

Editorial Zero Hora [ isso é o Brasil: sem regras,sem disciplina,e muito mais grave,gravíssimo *** impunidade e corrupção,JUSTIÇA BRASILEIRA FALIDA,como as instituições Militares.... é a decadente " região brasileira"

* nota da blogueira
Exatamente no momento em que o país está precisando de instituições confiáveis para superar a crise ética e a corrupção, o juiz responsável pela ação criminal contra o empresário Eike Batista é flagrado dirigindo um dos carros de luxo apreendidos do réu. 

Flávio Roberto de Souza, titular da 3ª Vara Federal Criminal, levou para seu domicílio um Porsche Cayenne turbo e uma Toyota Hilux, além do piano retirado da casa do empresário em ação de busca e apreensão ordenada pelo próprio magistrado.

A explicação do juiz para o extravagante episódio é absolutamente patética. Ele disse que levou os veículos para evitar que fossem danificados pelo sol e pela chuva no depósito da Polícia Federal.



Independentemente da motivação, atitudes desse tipo desmoralizam o Judiciário, como reconheceu a ex-corregedora de Justiça Eliana Calmon. Cabe à Corregedoria Regional da Justiça Federal da 2ª Região investigar a conduta do magistrado, mas parece óbvio _ como querem a defesa do empresário e a OAB _ que ele deve ser afastado do cargo e do processo até que o Conselho Nacional de Justiça se pronuncie sobre o caso.
Acusado de crimes contra o mercado de capitais, o empresário Eike Batista, que em pouco tempo passou de herói nacional a vilão do capitalismo selvagem, tem que ser julgado de acordo com a legislação. Até mesmo o bloqueio de bens seus e de seus familiares, determinado pelo juiz-motorista, se justifica, para garantir o pagamento de indenizações e multas caso ele seja condenado. Mas ninguém _ e muito menos o magistrado responsável pelo caso _ tem direito de se. apropriar ou fazer uso desses bens antes do leilão judicial, que agora está suspenso pela Justiça



Advogado de Eike Batista quer afastamento de juiz que levou Porsche do empresário para casa


Em imagens exclusivas obtidas por ISTOÉ, o Porsche Cayenne branco do empresário Eike Batista aparece estacionado na porta do condomínio do juiz Flávio Roberto de Souza, responsável pelo caso

Helena Borges
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Em imagens exclusivas obtidas por ISTOÉ, o Porsche Cayenne branco, de placa DBB 0002, do empresário Eike Batista, aparece estacionado na porta e no interior do condomínio Rosas, na Barra da Tijuca - endereço do juiz Flávio Roberto de Souza, da 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, responsável pelo caso. “Eu já pedi o afastamento do juiz (ao Conselho Nacional de Justiça) e dois desembargadores votaram a favor, faltando apenas um para que isso ocorra", disse Sérgio Bermudes, advogado do empresário.
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"Trata-se de um abuso, um desrespeito, uma imoralidade. Em hipótese alguma ele poderia se apoderar de um bem dessa maneira”, disse Bermudes. Ele afirma que Souza está fazendo uso pessoal do automóvel, que custa em torno de R$ 600 mil. O juiz se justifica dizendo que levou dois dos cinco carros apreendidos, os mais caros, para serem guardados no seu prédio porque no pátio da Justiça Federal não havia vaga coberta para todos. Porém, uma das fotos obtidas por ISTOÉ flagra o Porsche - que não está entre os veículos que serão leiloados amanhã, no Rio de Janeiro - estacionado na calçada em frente ao prédio.
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"O que um veículo de Eike Batista apreendido pela Polícia Federal, e que deveria estar sob sua guarda em depósito público, fazia nesta noite estacionado em um condomínio residencial na Barra da Tijuca?", chegou a postar a mulher do empresário, Flávia Sampaio, em publicação na sua conta de Instagram onde mostra a placa do carro estacionado dentro do condomínio.

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