O que mais me encanta no ser humano é quando
ele consegue enxergar suas próprias fraquezas.
Diariamente somos testados por nossos medos,
nossas fragilidades, nossas incertezas. Vivemos rodeados de gente que se busca,
que se perde, que não se entende. Mas sente. De alguma forma as pessoas
aprenderam a sentir. Algumas numa intensidade tamanha; outras a sua maneira.
Rasa. Mas sentem. E isso já é lindo.
Hoje, eu consigo enxergar a vida de uma forma
diferente da que eu tinha ontem. E que felicidade reconhecer isso. Que alegria
saber que eu posso mudar do dia para a noite. Ou o reverso disso. A ordem dos
fatores é só um detalhe. O que vale mesmo é ouvir-se no meio deste turbilhão que
trazemos dentro.
Temos uma fome insaciável de felicidade.
Queremos tudo ao mesmo tempo. Queremos amar e ser amados. Queremos sorrir e
ficamos felizes quando somos retribuídos. Nós queremos, buscamos, corremos. E o
que somos nisso tudo?
Penso que somos as sementes do que lemos, das
experiências que tivemos, do que a gente aprendeu na escola da vida. E como
aprendemos. Todos os dias. Somos referências para alguns e temos outros como a
nossa. Queremos ser eles, quando crescermos.
O tempo passou e cá estamos nós. Sós. Querendo
carinho, querendo um afago, um abraço sincero. Um abraço de urso. Somos humanos.
Podemos ser sorrisos e lágrimas em uma mesma nota. Somos equilibristas no
trapézio da vida. Somos. Tanto. Tantos.
E sem querer agimos por impulso. Falhamos.
Decepcionamos. E nos decepcionam também. E a gente tem que aprender a lidar, a
driblar, a viver. A fraqueza que eu comentei logo no início, é daquela parte da
gente que pouco fala, que pouco é ouvida. Daquela parte que, na nossa pressa,
deixamos de lado. Deixamos para depois. Para um dia desses, quem sabe. Se der
tempo.
Por isso, é que todos os dias eu tento me
entender. E me perdoar. E me amar, mesmo com as fraquezas que tenho. Eu me
aceitei assim. Imperfeita. Impura. Frágil. Humana. Na essência do sentimento. E
da palavra que ela quer dizer.
< Bibiana Benites >
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