sábado, 3 de junho de 2017

Danilo Verpa - 11.nov.2009/Folhapress
luz energia eletrica - ITABERÁ, SP, BRASIL, 11-11-2009: Torres de transmissão de energia elétrica em Itaberá (SP). Entre a noite de 10 de novembro e a madrugada de 11 de novembro de 2009, o blecaute mais abrangente na história do país deixou no escuro 70 milhões de pessoas em 18 Estados e no Distrito Federal. No blecaute, os Estados foram atingidos como parte de um efeito cascata provocado pelo desligamento da linha operada por Furnas que traz a eletricidade de Itaipu, no Paraná, até a subestação de Itaberá. (Foto: Danilo Verpa/Folhapress, 1547, COTIDIANO)
Dos três projetos habilitados, dois são referentes a construção de linhas de transmissão de energia
DE BRASÍLIAluz energia eletrica - ITABERÁ, SP, BRASIL, 11-11-2009: Torres de transmissão de energia elétrica em Itaberá (SP). Entre a noite de 10 de novembro e a madrugada de 11 de novembro de 2009, o blecaute mais abrangente na história do país deixou no escuro 70 milhões de pessoas em 18 Estados e no Distrito Federal. No blecaute, os Estados foram atingidos como parte de um efeito cascata provocado pelo desligamento da linha operada por Furnas que traz a eletricidade de Itaipu, no Paraná, até a subestação de Itaberá. (Foto: Danilo Verpa/Folhapress, 1547, COTIDIANO)


Apenas três projetos foram habilitados a receber empréstimos do FI-FGTS, fundo de investimentos formado com recursos do FGTS, na primeira convocação pública para atrair possíveis interessados nos recursos do fundo.

Haviam 34 projetos inscritos, que pleiteavam R$ 11,3 bilhões.

O FI-FGTS tinha separado R$ 7 bilhões para financiar obras de infraestrutura, mas apenas R$ 1,323 bilhão passou pelo primeiro crivo do comitê de investimentos do fundo e foi habilitado.

Dos três projetos habilitados, dois são para a construção de linhas de transmissão de energia elétrica e um para portos.

A Xingu Rio Transmissora de Energia deve receber R$ 1 bilhão para instalar uma linha que ligará a região Norte ao Rio de Janeiro.

A Empresa Sudeste de Transmissão de Energia foi contemplada com R$ 183 milhões para outra linha, ligando Minas Gerais ao Espírito Santo.

E o terceiro empreendimento atendido é a Porto Central Complexo Industrial Portuário, no Espírito Santo.

O desembolso ainda dependerá da estruturação financeira do negócio, que dependerá de outros agentes financiadores além do FI-FGTS. A taxa de juros também varia de acordo com o risco e com volume de empréstimos na formação do capital necessário para colocar de pé o empreendimento.

Os empreendimentos serão financiados por meio da compra de debêntures (títulos de dívida emitidos pelo empreendedor).

Segundo Marco Aurélio Queiroz, presidente do comitê de investimentos do fundo e secretário-executivo do Ministério das Cidades, os projetos preveem investimentos totais de cerca de R$ 5 bilhões. O FI-FGTS está emprestando entre 20% a 50% do valor total do empreendimento.

A convocação pública é uma iniciativa que passou a vigorar neste ano.
Com o desembolso inicial ao redor de 10% do volume pretendido pelos investidores, Queiroz afirmou que o momento é de aprendizagem.

Ele disse ainda que incertezas abateram o apetite por capital para investimento.
"No segundo semestre de 2016 não houve nenhum projeto apresentado. Isso tem a ver com a realidade econômica do país, que desacelerou e gerou incertezas para investimentos de longo prazo", disse.

Para liberar o restante da verba inicial de R$ 7 bilhões, o FI-FGTS abrirá novo edital em 12 de junho.

Candidatos que foram rejeitados nessa convocação poderão se candidatar novamente.

Segundo Ordiley Rios, gerente de investimentos estruturados da Caixa, a maior parte dos desclassificados deixou de apresentar documentos e por isso saíram da disputa.

Também foram descartados projetos que apresentaram propostas de financiamento superiores a 50% para o fundo. A regra da convocação é que o valor emprestado seja de até esse percentual. Quanto menor o empréstimo pedido, maior é a pontuação na seleção.

J&F

O FI-FGTS foi alvo de denúncias do empresário Joesley Batista, dono da JBS.
Em sua delação, ele disse que pagou R$ 90 milhões ao então deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para liberar recursos do fundo.

O ex-executivo da Caixa Fábio Cleto, ligado a Cunha, também denunciou que agia, sob comando de Cunha, em prol da empresa de Joesley.

Hoje, tanto o TCU (Tribunal de Contas da União) quanto a Polícia Federal investigam o caso.

Marco Aurélio Queiroz disse que o FI-FGTS tem uma exposição a ativos da J&F, controladora da JBS, no valor de R$ 940 milhões, referente a um empréstimo concedido para a construção da fábrica da Eldorado.

Segundo ele, os pagamentos estão sendo feitos com regularidade e, portanto, não há motivo para o fundo acionar provisionamento para eventuais perdas.

NOVA ADMINISTRAÇÃO

Em reunião nesta quarta (31), o comitê de investimento também deliberou sobre a escolha do novo presidente, que administrará o grupo por um ano.

Pelo rodízio no comando do comitê, agora é a vez de um representante dos trabalhadores assumir a presidência.

O escolhido é o jornalista Luiz Fernando Emediato, ligado à Força Sindical e dono da editora Geração Editorial.

O presidente do comitê tem o mesmo poder de voto dos demais integrantes. A pauta do FI-FGTS é definida pela administração do fundo.

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