terça-feira, 20 de outubro de 2015

" A Cultura Da Fraude "

A cultura da fraude Edu Oliveira/Arte ZH
Artigo Zero Hora
Repetem-se neste ano as tentativas de desqualificação de uma das mais importantes iniciativas para melhoria do ensino no Brasil. Os boatos de vazamento de provas do Exame Nacional do Ensino Médio conspiram, mais uma vez, não contra o Ministério da Educação ou o governo, mas contra os quase 8 milhões de inscritos. A disseminação de informações falsas, via internet, às vésperas do exame, comprova apenas que a criatividade dos fraudadores não tem limites. Atentar contra o Enem, com a propagação de notícias que pretendem pôr os testes sob suspeita, é mais do que irresponsabilidade, é uma atitude criminosa, que deve ser investigada pela Polícia Federal.
Não é a primeira vez que o Enem se submete à prova da credibilidade. Há vários anos, o exame é atacado por uma sequência de ações que tentam desmoralizá-lo. Em 2009, exemplares impressos das provas foram furtados por funcionários de uma gráfica. O que houve, nesse caso, foi uma falha grave nos controles do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pelo exame. Em outro episódio, houve a divulgação antecipada de gabaritos, também por deficiências da vigilância.
O que aconteceu agora é uma inovação preocupante. Os que desejam o fracasso do Enem, por motivos que ainda precisam ser identificados, passaram a espalhar as notícias sobre vazamentos. Tal fato gera insegurança, a poucos dias do início das provas. O dado positivo é que, antes mesmo da divulgação dos boatos, a Polícia Federal já havia sido acionada pelo Ministério da Educação, no sentido de adotar medidas preventivas contra fraudes. Os autores das notícias falsas terão de ser punidos com rigor, porque cometem um crime contra todos os que levam a educação a sério.

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