Editorial Zero Hora
O aprofundamento da crise nas finanças gaúchas puniu antes de mais nada os servidores do Executivo, que enfrentam as consequências do pagamento de seus salários parceladamente. Na medida em que a situação avança sem perspectiva de solução, porém, a conta vai sendo compartilhada, e de forma acelerada, com o conjunto da população. Por isso, é preciso que líderes em diferentes áreas _ políticas, sindicais e empresariais, além de membros de outros poderes _ se unam em busca de alternativas capazes de limitar os danos à sociedade e impedir o Estado de enfrentar uma situação ainda pior que a atual.
Em períodos anteriores, o Rio Grande do Sul sempre se caracterizou pela articulação de forças de seus líderes em diferentes áreas, nos bons e maus momentos. Pela gravidade da situação, o mínimo que o Estado precisaria é de uma reação imediata, proporcional à crise. Ainda assim, com raras exceções, o que se constata hoje é pouca ou nenhuma mobilização de quem poderia somar esforços e ajudar a construir saídas viáveis, acima de interesses políticos e partidários.
Num Estado já às voltas com problemas crônicos como os enfrentados hoje, com dificuldade para pagar em dia os servidores e em atraso com a União e fornecedores, paralisações no setor público, só agravam ainda mais a situação. Não é justo castigar os servidores, nem punir a sociedade. Paralelamente à busca de saídas adequadas, que são inadiáveis, o Estado precisa lutar pela união de esforços para viabilizá-las.
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