quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Deixe-se em paz,silente...







Deixe-se em paz
O mundo não vai parar para você ter tranqüilidade. A tão sonhada paz é você que produz e espalha por aí.


Imagine-se numa quietude inabalável, sem problemas e decisões difíceis a serem tomadas. Imagine que o mundo não tem mais injustiças de nenhum tipo e nada para abalar sua tranqüilidade. Enfim, imagine uma harmonia estável, constante e ininterrupta. Parece impossível? E é.

A paz, que é o assunto deste texto, não tem nada a ver com um mundo perfeito, sem conflitos. Ainda bem, aliás, porque os conflitos são a matéria-prima da realidade, são a trama da vida. Paz, dizem as pessoas que a estudam e a conhecem, é o que se ganha quando se aprende a lidar com eles. E é sobre isso que trata este texto: sobre como construir sua paz e transmiti-la ao redor de si, nas suas relações. Convenhamos, o mundo anda carente disso.

Quando se fala em conflito, é comum a gente pensar em um confronto com outra pessoa. Mas os conflitos, dizem os especialistas, moram dentro da gente. Já ouviu falar que ¿quando um não quer, dois não brigam¿? É isso. Em geral, entramos em conflito quando nossas necessidades não estão sendo atendidas. Sim, necessidades, aquelas coisas essenciais à vida, como comer, dormir e ser amado. Acontece que dificilmente dizemos claramente nossas necessidades, porque mesmo as mais básicas vêm ricamente embaladas em desejos e gostos pessoais. Necessitamos, por exemplo, de nutrição e saúde, por isso queremos comida. Sentimos necessidade de diversão, por isso queremos ver TV. Precisamos de segurança e intimidade, por isso queremos companhia. Quando a gestante decide que ¿precisa¿ comer cuscuz com queijo coalho, na verdade ela está com fome. Mas, em meio àquela tempestade hormonal típica da gravidez, o cuscuz é a única coisa em que ela consegue pensar sem sentir que vai virar do avesso. Pronto. Está armada a confusão entre necessidade e desejo. E tome conflito para convencer o marido a sair à caça de um cuscuz.
Moral da história: o primeiro passo para quem quer viver numa boa é conhecer os próprios desejos e necessidades. E não confundi-los.

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