quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

" Fascistas não passarão ? "

Jornal Zero Hora
Mateus Colombo Mendes  <Editor,redator e empresário>
Uma das principais estratégias do revolucionário padrão está resumida na máxima atribuída ao ditador socialista Vladimir Lenin: "Xingue-os do que você é, acuse-os do que você faz." Exemplo cruel — para nós, brasileiros — é o outrora autoproclamado "partido da ética" liderando esquemas de corrupção que fazem seus antecessores parecerem ladrões de galinhas. Mas, é claro, sem perder a pose de paladino da justiça.
Ontem, na Assembleia Legislativa, tivemos mais uma prova disso. A audiência pública, convocada por deputados estaduais, com a presença do congressista Jair Bolsonaro e de intelectuais de respeito como Percival Puggina, foi interrompida por gritos de guerra de duas dúzias de pessoas identificadas com partidos e grupos de esquerda. Na sessão, aberta à assistência e participação de quem o quisesse, bradavam sem parar: "Fascistas não passarão!"
Pois, quem são os fascistas, o que é o fascismo, afinal? Trata-se de uma doutrina que prega a concentração do poder político na mão de um partido ou de uma aliança — exatamente como todos os grupos de esquerda fizeram ou tentaram fazer na História; algo como o que se tentou fazer aqui, através da corrupção, com o Mensalão. O fascismo pressupõe a concentração do poder econômico nas mãos de poucos megaempresários, em conluio com o governo — algo como o que ocorreu no Petrolão. O fascismo exige o controle estatal da vida privada — impossível não lembrar da lei federal que pretende regular como os pais devem educar seus filhos, ou do Marco Civil da Internet.
O fascismo é contrário às ideias de liberdade econômica, civil e individual, defendidas ontem no evento no parlamento gaúcho. Através de suas massas de manobra, usa de força e truculência para silenciar seus adversários. Na Itália ou no Brasil, ontem e hoje, o fascista não dialoga; mete o pé na porta e impossibilita qualquer ação que lhe desagrade. Foi precisamente isso que fizeram os militantes profissionais que ontem interromperam o debate, recusaram-se a dialogar e provocaram a plateia à exaustão. Na boca, gritos ensaiados e agressivos; no bolso, as palavras de Lenin.

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