quinta-feira, 21 de dezembro de 2017


ARTIGO

TARIFAÇO DE NATAL

O fato é que não podemos mais aceitar a perversa lógica das opções políticas brasileiras. Temos um setor estatal caro e impagável. O impressionante é que, ao invés de rompermos com a ciranda do gasto público, seguimos a estimulá-la com químicas tributárias e tarifaços escancarados. Assim, vamos jogando recursos produtivos em uma máquina de trituração chamada "Estado" que, de tão obeso, é incapaz de estender o braço e proteger o cidadão.

Chega. Não dá mais. É preciso interromper essa marcha da insensatez. Crescimento econômico se faz com estímulos adequados e, não, com onerações excessivas. O exorbitante aumento da conta de luz é trágico para setores produtivos dependentes do custo energético, além de impactar gravemente as despesas do cotidiano das pessoas. Isso sem contar que haverá repasse no preço dos produtos e serviços ao consumidor final, aumentando, por consequência, a pressão inflacionária ao longo da curva.

Para refinar a traficância, cumpre ainda destacar que estamos a viver uma severa estagnação com tímidos avanços econômicos, sendo completamente despropositado propugnar um tarifaço de inopino. Ora, a sociedade precisa reagir. Se ficarmos passivos e calados, seremos apenas escravos fantasiados de cidadãos. 
A democracia nos torna livres e, por assim ser, potenciais senhores dos nossos destinos. Mas qual o valor da liberdade quando os cidadãos conscientes se omitem do dever democrático de enfrentar os desmandos do poder?

SEBASTIÃO VENTURA PEREIRA DA PAIXÃO JR.

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