domingo, 4 de dezembro de 2016

" Convocam primeiro ato nacional da era TEMER "

Movimentos pelo impeachment convocam primeiro ato nacional da era Temer

 
 São Paulo
Lideranças se dividem sobre agregar esquerda na pauta contra a corrupção e pela Lava Jato; esquerdistas dizem que não irão às ruas. Mesmo sem 'Fora, Temer', iniciativa põe Planalto sob pressão
Manifestação na Paulista contra corrupção

Carro do Vem Pra Rua, em ato pelo impeachment no ano passado.  FOTOS PÚBLICAS
Os movimentos que foram às ruas pedir o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff ao longo de todo o ano passado e parte deste ano estão de volta. Neste domingo, o Vem pra Rua, o Nas Ruas e o Movimento Brasil Livre (MBL) convocaram a primeira manifestação nacional da era Temer. Na pauta, desta vez, estão o apoio à Lava Jato, a oposição às dez medidas contra a corrupção tal como foram aprovadas pela Câmara nesta semana, fim de privilégios como o foro privilegiado para políticos e a rejeição ao Projeto de Lei de Abuso de Autoridade, em tramitação no Senado. Se antes os grupos olhavam para o Planalto, agora, o foco é o Congresso, o que não livra o novo Governo de ficar em alerta na jornada.
Se sempre tiverem nuances distintas, há algo que a era Temer escancarou: a unidade dos grupos pró-impeachment enfraqueceu. O racha veio à tona nesta semana, quando foi publicado um post no Facebook do Vem Pra Rua convocando a manifestação dizendo que "não importa se você é de direita, de esquerda ou de centro. Você tem que ir pra rua protestar contra os corruptos", impulsionado pela indignação com a tentativa da Câmara aprovar a anistia ao caixa 2.
Na sequência a essa convocatória que tenta agregar um país tão dividido, Rogério Chequer, líder do Vem Pra Rua, "parabenizou" publicamente a posição do deputado do PSOL, Ivan Valente, sobre a votação da medida que anistiava o caixa 2. “Vamos apoiar fortemente ações como a do deputado Ivan Valente, do PSOL, que está pressionando para que a votação [das dez medidas contra a corrupção] seja nominal. Estamos abertos para conversar com qualquer partido alinhado com a nossa causa. Por isso vamos parabenizá-lo". Rapidamente, o MBL passou a atirar nas redes sociais publicações condenando as declarações de Chequer. Um texto afirma ser um "tiro no pé" que os movimentos se alinhassem "à extrema esquerda". Afirmaram que Chequer deveria pedir "desculpas publicamente" pelo que disse sobre o deputado do PSOL e não aderiram à convocatória do ato.

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