Protestos contra PEC 55 têm ônibus queimado em Brasília e invasão da Fiesp
Na capital paulista, manifestantes gritam "Fora, Temer" e pedem referendo sobre PEC aprovada
A PEC 55 (Proposta de Emenda Constitucional), que estabelece um teto para os gastos públicos para os próximos 20 anos, foi aprovada nesta terça-feira pelo Senado Federal em segundo turno e provocou atos de protestos em várias cidades do Brasil. Em Brasília, um ônibus foi queimado e 15 manifestantes foram detidos depois que um grupo, de acordo com as autoridades locais, se recusou a ser revistado. Em São Paulo, os organizadores dizem que 8.000 pessoas foram à av. Paulista e imediações. O momento mais tenso foi quando manifestantes invadiram o prédio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de S. Paulo) e lançaram rojões. A entidade protestou dizendo que a ação colocou em "em risco funcionários da Fiesp, do Sesi e do Senai".
A PEC 55 – que já havia passado pela Câmara e deve se tornar lei na quinta-feira, é uma das principais apostas do Governo Temer para conter os gastos públicos e acalmar os mercados. Entretanto, especialistas e ativistas acreditam que a proposta, que prevê o congelamento dos gastos públicos por até 20 anos, ameaça os investimentos públicos em saúde e educação. Segundo uma pesquisa Datafolha realizada com 2.828 pessoas entre os dias 7 e 8 de dezembro, 60% dos brasileiros são contrários ao projeto. Apenas 24% se mostraram favoráveis, 4% se disseram indiferentes e 12% não souberam responder.
Manifestantes tentaram entrar na estação Brigadeiro do metrô, mas os seguranças não deixaram. Ato está parado na Paulista
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