terça-feira, 25 de junho de 2013

" A RESPOSTA POSSÍVEL "

Editoriais com a visão do Grupo RBS sobre temas de interesse da sociedade brasileira, artigos de colaboradores exclusivos, artigos de colaboradores eventuais, debates mediados pela Editoria de Opinião e textos relacionados ao jornalismo opinativo, à ética e à autorregulamentação.
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Que ouvir o povo _ e buscar soluções para suas demandas _ passe a ser rotina nesta nova nação que os jovens manifestantes bem intencionados pretendem construir.
A primeira conclusão que se pode tirar dos anúncios feitos pela presidente Dilma Rousseff na reunião que teve ontem com governadores e prefeitos das 27 unidades federativas do país é que o governo federal entendeu a gravidade do momento e está dando a resposta possível, ao anunciar a convocação de um plebiscito para promover a reforma política e outros pactos destinados a qualificar os serviços públicos. "É preciso saber escutar as vozes das ruas.
 
É preciso que todos, sem exceção, entendam esses sinais com humildade" _ advertiu a presidente, que defendeu a convocação de uma Constituinte exclusiva para implementar as mudanças políticas exigidas nas manifestações.
 
Embora a pauta dos manifestantes seja fragmentada, alguns pontos são claros e objetivos. Exatamente estes foram escolhidos pela presidente para dar respostas pontuais e aparentemente factíveis, por meio de pactos nacionais. Diante do clamor contra a corrupção e do medo da inflação, por exemplo, o governo acena com um pacto pela responsabilidade fiscal, que obrigará os administradores públicos a serem austeros nos seus gastos e contribuir na estabilidade da economia. Para atenuar o gravíssimo problema das deficiências da saúde pública, o governo oferece um pacto pela saúde, que terá como principais pontos o aceleramento de investimentos já contratados em hospitais e do programa de troca de dívidas por atendimento nos hospitais filantrópicos. Também faz parte deste item a polêmica contratação de médicos estrangeiros para suprir a carência de profissionais em regiões afastadas dos grandes centros urbanos.
 
A qualidade do transporte público merece atenção especial, num pacto que prevê a destinação de R$ 50 bilhões em novos investimentos em obras de mobilidade urbana. Dilma também anunciou a criação do Conselho Nacional de Transporte Público, com participação da sociedade civil. Não incluiu, porém, a sugestão do governador Tarso Genro, do Rio Grande do Sul, para a criação de passe livre para estudantes nas principais cidades do país. Em relação à educação de qualidade, que também aparece fortemente entre os pleitos dos indignados brasileiros, a presidente renovou as promessas por uma reforma que inclua escola em tempo integral, ensino profissionalizante, ensino superior de qualidade, pesquisa e salários dignos para professores. Este ainda está no terreno das promessas.
Da palavra da presidente à ação ainda há muito terreno a percorrer, mas não há dúvida de que este pronunciamento à nação, com o respaldo dos governantes de todos os Estados, deve ser interpretado como resposta concreta ao grito de revolta da nação. Os manifestantes que ocupam ruas e praças do país, liderados por jovens universitários, querem acima de tudo ser ouvidos. A presidente Dilma Rousseff deixou claro ontem que o governo federal está atento e disposto a dialogar com todos os segmentos que somaram suas vozes ao clamor das ruas, menos, evidentemente, com quem prefere o vandalismo e as depredações à negociação. Resta esperar, agora, que os manifestantes também ouçam essas primeiras respostas do governo e as avaliem com sensatez, aceitando-as, rejeitando-as ou fazendo os aperfeiçoamentos que julgarem necessários.
O Brasil precisa sair desse impasse o quanto antes, e de modo que todos saiamos ganhando. O surgimento de uma nova força social, representada por pessoas que não se sentem representadas pelas atuais estruturas políticas, exige mesmo um relacionamento diferenciado entre governantes e governados. Desde que preservemos a democracia e o Estado de Direito, todas as ideias são bem-vindas _ mesmo a inédita convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte exclusiva em tempos de normalidade democrática, como a história do país ainda não havia registrado.
 
Que ouvir o povo _ e buscar soluções para suas demandas _ passe a ser rotina nesta nova nação que os jovens manifestantes bem intencionados pretendem construir.
A primeira conclusão que se pode tirar dos anúncios feitos pela presidente Dilma Rousseff na reunião que teve ontem com governadores e prefeitos das 27 unidades federativas do país é que o governo federal entendeu a gravidade do momento e está dando a resposta possível, ao anunciar a convocação de um plebiscito para promover a reforma política e outros pactos destinados a qualificar os serviços públicos. "É preciso saber escutar as vozes das ruas. É preciso que todos, sem exceção, entendam esses sinais com humildade" _ advertiu a presidente, que defendeu a convocação de uma Constituinte exclusiva para implementar as mudanças políticas exigidas nas manifestações.
Embora a pauta dos manifestantes seja fragmentada, alguns pontos são claros e objetivos. Exatamente estes foram escolhidos pela presidente para dar respostas pontuais e aparentemente factíveis, por meio de pactos nacionais. Diante do clamor contra a corrupção e do medo da inflação, por exemplo, o governo acena com um pacto pela responsabilidade fiscal, que obrigará os administradores públicos a serem austeros nos seus gastos e contribuir na estabilidade da economia. Para atenuar o gravíssimo problema das deficiências da saúde pública, o governo oferece um pacto pela saúde, que terá como principais pontos o aceleramento de investimentos já contratados em hospitais e do programa de troca de dívidas por atendimento nos hospitais filantrópicos. Também faz parte deste item a polêmica contratação de médicos estrangeiros para suprir a carência de profissionais em regiões afastadas dos grandes centros urbanos.
A qualidade do transporte público merece atenção especial, num pacto que prevê a destinação de R$ 50 bilhões em novos investimentos em obras de mobilidade urbana. Dilma também anunciou a criação do Conselho Nacional de Transporte Público, com participação da sociedade civil. Não incluiu, porém, a sugestão do governador Tarso Genro, do Rio Grande do Sul, para a criação de passe livre para estudantes nas principais cidades do país. Em relação à educação de qualidade, que também aparece fortemente entre os pleitos dos indignados brasileiros, a presidente renovou as promessas por uma reforma que inclua escola em tempo integral, ensino profissionalizante, ensino superior de qualidade, pesquisa e salários dignos para professores. Este ainda está no terreno das promessas.
Da palavra da presidente à ação ainda há muito terreno a percorrer, mas não há dúvida de que este pronunciamento à nação, com o respaldo dos governantes de todos os Estados, deve ser interpretado como resposta concreta ao grito de revolta da nação. Os manifestantes que ocupam ruas e praças do país, liderados por jovens universitários, querem acima de tudo ser ouvidos. A presidente Dilma Rousseff deixou claro ontem que o governo federal está atento e disposto a dialogar com todos os segmentos que somaram suas vozes ao clamor das ruas, menos, evidentemente, com quem prefere o vandalismo e as depredações à negociação. Resta esperar, agora, que os manifestantes também ouçam essas primeiras respostas do governo e as avaliem com sensatez, aceitando-as, rejeitando-as ou fazendo os aperfeiçoamentos que julgarem necessários.
O Brasil precisa sair desse impasse o quanto antes, e de modo que todos saiamos ganhando. O surgimento de uma nova força social, representada por pessoas que não se sentem representadas pelas atuais estruturas políticas, exige mesmo um relacionamento diferenciado entre governantes e governados. Desde que preservemos a democracia e o Estado de Direito, todas as ideias são bem-vindas _ mesmo a inédita convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte exclusiva em tempos de normalidade democrática, como a história do país ainda não havia registrado.
Que ouvir o povo _ e buscar soluções para suas demandas _ passe a ser rotina nesta nova nação que os jovens manifestantes bem intencionados pretendem construir.
 
 

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