quinta-feira, 26 de maio de 2016

" O Efeito Transpetro "


Carolina Bahia,RBS Brasília

Os canhões da Lava-Jato estão voltados para a cúpula do PMDB e isso cria, sim, um clima de insegurança para o governo interino de Michel Temer. Depois da queda de Romero Jucá do Ministério do Planejamento, agora o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o ex-presidente José Sarney estão na mira. As conversas de Renan e Sarney com o ex-presidente da Transpetro não são tão graves quanto a declaração de Jucá. 
Iotti: efeito dominó Iotti/Agencia RBS

Mas é inegável o inconformismo de todos com a Lava-Jato. As delações premiadas preocupam e a atuação do juiz Sergio Moro desagrada e amedronta. O medo de cair nas garras de Moro levou Sérgio Machado a gravar velhos amigos, sem falar de documentos repassados aos investigadores. O efeito será devastador. Episódio que afeta Temer de duas maneiras: desgastando lideranças estratégicas na articulação política e expondo a ojeriza do grupo de Temer às investigações que estão em curso. A crise política continua bem viva.

SEMPRE ELE
Presidente da Câmara afastado, Eduardo Cunha prepara mais uma de suas manobras para tentar escapar do Conselho de Ética. Ele e sua tropa vão tentar emplacar uma pena mais leve, para substituir o pedido de cassação. O relator, deputado Marcos Rogério (DEM-RO) deve entregar as conclusões na próxima segunda.

ESPERANÇA
A presidente afastada, Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula e senadores aliados se reuniram no Alvorada para analisar o mapa do impeachment e a contagem dos votos. Um dos petistas até arriscou um palpite:

– Se o Temer continuar ajudando, é possível virar o jogo!

SEM SENTIDO
Presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) considera sem sentido o projeto do PT que propõe mudanças na lei da delação premiada. A proposta sugere que presos não possam prestar delação. Serraglio já avisa que seguirá orientação do Ministério Público neste tema.

AGENDÃO
Enquanto o Planalto se preocupava com Sérgio Machado, o assunto no Ministério da Educação era a visita do ator Alexandre Frota. O ministro Mendonça Filho – que antes havia se reunido com o forrozeiro Alcimar Monteiro – fez questão de explicar:

– Não discrimino ninguém, respeito a liberdade de cada pessoa fazer suas escolhas de vida.

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