domingo, 25 de setembro de 2016

" Urgência e relevância do ENSINO "

 EDITORIAL ESTADÃO

    ESTADÃO - 25/09

Proposta de reforma do ensino médio contempla três importantes mudanças:
 a flexibilização do currículo escolar, 
o aumento do número de escolas em tempo integral 
e a ampliação da oferta de formação técnica profissional
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*1.FLEXIBILIZAR O CURRÍCULO ESCOLAR = OK.

2 AUMENTAR O NÚMERO DE ESCOLAS EM " TEMPO INTEGRAL " = COMO? - SE NÃO HÁ CONSTRUÇÕES DE ESCOLAS,HÁ 15 ANOS *** SOMENTE O SUCATEAMENTO DELAS,?
3.tURNO INTEGRAL < REQUER REFEITÓROIO> MAIS MERENDEIRAS ,VIGILÂNCIA PERMA-

NENTE,mormente em PAÍS de alto índice de criminalidade .Alunos golpeiam professores,
o turno integral mobilizaria *** melhores salários,dignos aos PROFESSORES.
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* PROJETO UTÓPICO "
Não contamos com estradas,em zonas perigéricas,no norte,nordeste,centro oeste do PAÍS.
Nem existem ônibus escolares,o que vemos são caminhões transportando inadequadameente,alunos,crianças,à escolas,sem janelas,sem tetos,e sem banheiros,condições mínimas.
Depois de tudo construído,faturações altas,corrupção ativa,venham falar ao POVO EM RELEVÃNCIA DO ENSINO E MELHORIAS NA QUALIDADE DO ENSINO.


É de justiça reconhecer que o governo de Michel Temer ousou ao comunicar, na quinta-feira passada, que a proposta de um novo ensino médio será feita por meio de Medida Provisória (MP). Se é certo que a fórmula de lançamento suscita questionamentos – educação é um tema que merece profundo estudo –, não menos certo é que se encontram presentes no caso os pressupostos constitucionais de urgência e relevância para a edição de uma MP.

É urgente a reversão da atual situação da educação no País. Há razoável consenso entre os educadores de que o ensino médio está estagnado num patamar muito baixo. “Os números desastrosos não permitem que adiemos a reforma”, disse o ministro da Educação, Mendonça Filho. Não é possível fechar os olhos para o fato de os jovens estarem passando pela escola sem aprender o que deveriam. Tem-se hoje um modelo disfuncional que, almejando abarcar tudo – filosofia e sociologia, por exemplo, são matérias obrigatórias do ensino médio –, acaba na prática oferecendo muito pouco ao aluno, que não raro sai do colégio sem saber matemática e português.

É preciso mudar e, diante de um Congresso que não mostra interesse em discutir a qualidade da educação – quando muito, debate verbas para a educação –, talvez a edição de uma MP seja de fato oportuna, forçando o Legislativo a se manifestar sobre tema tão relevante. Há tempos a educação não é uma prioridade do governo federal – em seu segundo mandato, a ex-presidente Dilma Rousseff transformou o tema em mero slogan –, e os resultados são padrões de atuação reconhecidamente ineficazes.

Falava-se muito em melhorar a qualidade da educação, mas o debate do tema estava se transformando em justificativa de uma falta de ação tremendamente injusta com tantos jovens, que não recebem na escola o mínimo de conhecimento necessário para seu desenvolvimento humano e profissional. Se a anunciada MP conseguir romper tal paralisia, será um importante passo.

A proposta de reforma do ensino médio contempla três importantes mudanças: a flexibilização do currículo escolar de acordo com o interesse do aluno, o aumento do número de escolas em tempo integral e a ampliação da oferta de formação técnica profissional.

Não haverá corte de nenhuma disciplina e a carga horária continuará sendo de 2.400 horas em três anos, com o limite máximo de 1.200 horas para a Base Nacional Curricular Comum. As outras 1.200 horas serão dedicadas ao currículo flexível.

Na prática, a proposta do governo fortalece o ensino de matemática, português e inglês, disciplinas que serão obrigatórias ao longo de todo o ensino médio. As outras dez matérias serão obrigatórias até o 1.º semestre do 2.º ano, já que, a partir da segunda metade do ensino médio, a grade se torna flexível, com a possibilidade de o aluno escolher um entre cinco percursos formativos – formação técnica profissional, linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas.

Em relação ao período integral, a meta é ter, em 2017, 257 mil alunos de ensino médio nesse regime, com pelo menos 7 horas/aulas por dia. Em 2018, a expectativa é chegar a 514 mil alunos em regime de período integral. A ampliação da jornada exigirá investimento de R$ 1,5 bilhão. A promessa é que a escola que oferecer regime integral receberá um incentivo anual de R$ 2 mil por aluno.

Além de estar em consonância com o Plano Nacional de Educação – aprovado em 2014, uma de suas metas é ter, até 2024, 25% de matrículas da educação básica em regime integral –, o esforço por aumentar as escolas nessa modalidade de regime se inspira na boa experiência do Estado de Pernambuco, que, com o regime de período integral, conseguiu saltar do 21.º lugar no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2007 para o topo do ranking em 2015, além de ter diminuído em 90% a evasão escolar.

É longa – e mais que necessária – a batalha pela melhoria da qualidade do ensino ofertado no País. Que o anunciado novo ensino médio possa ser um primeiro passo.

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