Choque de capitalismo
- PAULO GUEDES
O Globo - 19/02
O ‘espírito animal’ dos empresários brasileiros continua prisioneiro da armadilha social-democrata do baixo crescimento
O“espírito animal” dos empresários brasileiros, instinto fundamental para deflagrar ondas de investimento na economia, continua prisioneiro da armadilha social-democrata do baixo crescimento.
O ‘espírito animal’ dos empresários brasileiros continua prisioneiro da armadilha social-democrata do baixo crescimento
O“espírito animal” dos empresários brasileiros, instinto fundamental para deflagrar ondas de investimento na economia, continua prisioneiro da armadilha social-democrata do baixo crescimento.
Foi abatido a golpes de juros astronômicos, impostos excessivos e câmbio sobrevalorizado após mais de 30 anos de combate à inflação sem a necessária mudança do regime fiscal. O Brasil se tornou o paraíso dos rentistas e o inferno dos empreendedores. Com o endividamento do governo em bola de neve, seguimos investindo pouco e investindo mal.
Sabemos agora da assombrosa roubalheira entre a burocracia estatal. Mas sempre soubemos de sua hostilidade aos negócios privados. A criação de dificuldades para a venda de facilidades é o que explica a ubiquidade das propinas. A “síndrome da autoridade” engoliu de vez a verdadeira missão dos servidores públicos, que era bem servir os cidadãos, em vez de deles se servirem. Empresas que tenham sobrevivido aos elevados impostos e achaques dos fiscais, aos juros altos, ao câmbio baixo e às recessões, criando empregos apesar dos proibitivos encargos sociais, teriam ainda de resistir à carga final da Justiça trabalhista, uma arma de destruição em massa dos novos empregos. O clima de negócios é tóxico no Brasil. Há burocracia demais como obstáculo aos novos empreendimentos e regulamentação inadequada em marcos regulatórios que deveriam atrair grandes investimentos privados nas áreas de infraestrutura e energia. Nosso ambiente de negócios é cada vez mais desfavorável quando comparado não apenas ao das demais economias emergentes, mas também às vantagens fiscais e à desregulamentação que até mesmo os países avançados estão promovendo.
Aumentar a produtividade futura do trabalhador brasileiro através de um choque de inclusão digital no ensino básico e a competitividade de nossas empresas com um choque de capitalismo no ambiente de negócios é uma necessidade em meio à guerra mundial por empregos. A criação de um mercado interno de consumo de massa e sua integração nas cadeias produtivas dos mercados globais se revelou a mais bem-sucedida engrenagem para remover da pobreza bilhões de eurasianos antes mantidos na miséria pelo socialismo que tanto inspirou as principais lideranças de nossa Velha Política.
Sabemos agora da assombrosa roubalheira entre a burocracia estatal. Mas sempre soubemos de sua hostilidade aos negócios privados. A criação de dificuldades para a venda de facilidades é o que explica a ubiquidade das propinas. A “síndrome da autoridade” engoliu de vez a verdadeira missão dos servidores públicos, que era bem servir os cidadãos, em vez de deles se servirem. Empresas que tenham sobrevivido aos elevados impostos e achaques dos fiscais, aos juros altos, ao câmbio baixo e às recessões, criando empregos apesar dos proibitivos encargos sociais, teriam ainda de resistir à carga final da Justiça trabalhista, uma arma de destruição em massa dos novos empregos. O clima de negócios é tóxico no Brasil. Há burocracia demais como obstáculo aos novos empreendimentos e regulamentação inadequada em marcos regulatórios que deveriam atrair grandes investimentos privados nas áreas de infraestrutura e energia. Nosso ambiente de negócios é cada vez mais desfavorável quando comparado não apenas ao das demais economias emergentes, mas também às vantagens fiscais e à desregulamentação que até mesmo os países avançados estão promovendo.
Aumentar a produtividade futura do trabalhador brasileiro através de um choque de inclusão digital no ensino básico e a competitividade de nossas empresas com um choque de capitalismo no ambiente de negócios é uma necessidade em meio à guerra mundial por empregos. A criação de um mercado interno de consumo de massa e sua integração nas cadeias produtivas dos mercados globais se revelou a mais bem-sucedida engrenagem para remover da pobreza bilhões de eurasianos antes mantidos na miséria pelo socialismo que tanto inspirou as principais lideranças de nossa Velha Política.
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