Karina*
Resistir aos pensamentos negativos
é
apenas mais uma maneira
de
prestar atenção a eles…
E
tudo que recebe atenção, cresce!
Nas sábias palavras de Jiddu
Krishnamurti:
“Não é bom tentar polir a estupidez, tentar ficar mais
inteligente. Primeiro, devo saber que sou estúpido, que sou idiota. A simples consciência de minha estupidez me livra
dela. Ao dizer ‘Eu sou idiota’ você estará se mostrando observador;
não será mais um idiota. Mas se resiste ao fato de que é, então sua estupidez
persiste. Neste mundo racional, a glória é ser muito inteligente, muito esperto,
muito complexo, muito erudito, mas a erudição não tem nada a ver com
inteligência. Para vermos as coisas como elas são, para entendermos o que
realmente somos sem nenhum conflito precisamos da estupenda simplicidade da
inteligência.”
Uma observação minha:
É importante que não se confunda a proposta de
Krishnamurti com uma auto-depreciação, ou que se pense que as pessoas com baixa
autoestima são mais “autoconscientes” do que as outras. Não, não e não! Muito cuidado com o “orgulho
negativo” (“eu não sou nada, eu não sou importante”, “não sou bom o
suficiente”, etc), que muitos tendem a confundir com humildade, ou quando
excessivo, com baixa autoestima. Humildade de verdade é um auto-reconhecimento
sincero de suas potencialidades e limitações, que não depende da avaliação de
outros. A simplicidade da inteligência de que Krishnamurti nos fala é a de uma
inteligência inocente, sincera, clara, humilde no sentido que expliquei
acima, que aceita o “ruim”: não que o evita (tentando fazer o contrário, mas
indiretamente focada nele) ou que se identifique com a ideia de que “é o ruim”
ou só “é o ruim”. É a aceitação consciente de um aspecto da sombra, que
pelo fato de ser reconhecido e aceito, deixa automaticamente de ser “sombra”, e
portanto, de ser um obstáculo inconsciente na sua evolução.
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* Sou a editora do site
InconscienteColetivo.net.
Fonte:
http://inconscientecoletivo.net/29/08/2012
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